Nome científico: Spondias tuberosa Arruda
Nomes populares: umbu, imbu, ambu, jiqui.
Família botânica: Anacardiaceae
Origem: é uma espécie endêmica do Brasil, típica da Caatinga da região Nordeste, desde o Ceará até o norte de Minas Gerais.
O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte, xerófila.
Tronco: é ereto, curto, revestido por casca fina, de cor cinza.
Folhas: são alternas, compostas, glabras, sem estípulas, folíolos cartáceos, ovalados a oblongo-elípticos, de coloração verde mas, avermelhados antes da queda na estação seca.
Flores: estão reunidas em inflorescências em panículas terminais, perfumadas, são melíferas, agrupadas em panícula de 10-15 cm de comprimento.
Frutos: são drupas globosas, ovoides, com polpa suculenta sem fibra, de sabor doce-acidulado, muito agradável, bastante perecível.
Raízes: o sistema radicular possui órgãos de reserva de água, conhecida como xilopódio que é constituído de tecido lacunoso que armazena água, mucilagem, glicose, tanino, amido, ácidos, entre outras. Batata, túbera ou xilopódio é sumarenta, de sabor doce, agradável e comestível; sacia a fome do sertanejo na época seca.
Clima e solo: ocorre em temperaturas entre 12ºC e 38ºC, umidade relativa do ar entre 30% e 90%, insolação com 2.000-3.000 horas/luz/ano e 400 mm a 800 mm de chuva (entre novembro e fevereiro), podendo ser encontrada em locais com chuvas de 1.600 mm/ano. Vegeta bem em solos não úmidos, profundos, bem drenados, que podem ser arenosos e sílico-argilosos. Deve ser evitado seu plantio em solos sujeitos a encharcamento.
O umbu é sumarento, agridoce e, quando maduro, sua polpa é quase líquida. É consumido ao natural fresco – chupado quando maduro ou comido quando “de vez” – ou sob forma de refrescos, sucos, sorvete, misturado a bebida (em batidas) ou misturado ao leite (em umbuzadas). Industrializado, o fruto se apresenta sob forma de sucos engarrafados, doces, geleias, vinho, vinagre, acetona, concentrado para sorvete e polpa para sucos. O fruto fresco ainda é utilizado como forragem para animais.
Curiosidades: umbu tem origem na palavra tupi-guarani “y-mb-u”, que significa “árvore-que-dá-de-beber”. Pela importância de suas raízes, o umbuzeiros foi chamado de “árvore sagrada do sertão” por Euclides da Cunha.
Minerais – Cálcio – 12-20 mg; ferro – 2 mg; fósforo – 14 mg; potássio – 152 mg.
Vitaminas – Vitamina A- 30 mg; vitamina B1 e B2 – 0,04 mg de cada uma; vitamina C – 31,2 mg.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
O umbuzeiro é a principal espécie frutífera endêmica da Caatinga. É usada na alimentação humana e animal e também como porta-enxerto de outras espécies do mesmo gênero. Os frutos apresentam expressivo valor comercial para o mercado e, de forma particular, para industrialização, tornando-se uma importante alternativa para a região. Apresentam variabilidade intraespecífica acentuada entre seus caracteres, principalmente os relacionados ao peso médio, variando de 4,2 g a 100 g, com peso padrão de 18 g. No estádio de maturação comercial, apresentam valores médios de sólidos solúveis totais de 15,5ºBrix, acidez titulável de 0,97 g de ácido cítrico/100 g de polpa e vitamina C total de 15,65 mg/100 g. Os principais nutrientes são fósforo, potássio, cálcio e magnésio.
Dr. Francisco Pinheiro, CPATSA, Petrolina, PE.