Nome Científico: Bagassa guianensis Aubl.
Nomes populares: Tatajuba, amaparana, bagaceira, bagassa.
Família Botânica: Moraceae
Distribuição Geográfica e Habitat: Tem origem na Guiana Francesa e nas matas de terra firme do baixo Amazonas, até o estuário, antigamente muito frequente nos arredores de Belém.
Características Gerais: Bagassa guianensis é uma árvore grande de terra firme, que cresce até 35-50 m de altura e até 2 m de DAP. Como outras espécies da família Moraceae, quando cortada, libera um látex branco abundante. Folhas: opostas, freqüentemente trilobadas e com pecíolos compridos. As flores são minúsculas, agrupadas em inflorescências formadas ou de flores femininas (capítulos) ou de flores masculinas (espigas). Estudos recentes, no Pará, mostram a probabilidade de polinização por pequenos insetos (tisanópteros) e não somente pelo vento, como foi anteriormente suposto. Após a polinização as infrutescências crescem até o tamanho de uma laranja. A planta é dióica, ou seja, há indivíduos que só desenvolvem flores masculinas e outros que só têm flores femininas.
Usos: O fruto é comestível, sendo levemente adocicado, adstringente mas de sabor agradável. Na mata são consumidos por vários animais. Sua madeira é de cor amarela, tornando-se dourada através do acabamento pela indústria; relativamente pesada e de boa qualidade. Sua contração durante a secagem é excepcionalmente pequena para uma madeira do seu peso. É resistente ao ataque de insetos e vermes marinhos, assim, tem um grande potencial para uso em construção externa e deck. Tem sido cultivada como fonte de celulose. Mas a espécie tem uma distribuição irregular, e é muito rara em algumas regiões onde normalmente deveria ocorrer.
Curiosidades: O nome científico vem do nome popular usado nas Guianas: bagasse na Guiana Francesa, e gele-bagasse no Suriname. No Brasil, o nome bagaceira(o) é usado raramente; o nome mais comum é tatajuba. Este nome é, às vezes, usado para outras espécies da família Moraceae, especialmente Maclura tinctoria (amoreira) e Clarisia racemosa (guariúba). Outras ortografias incluem: tatajubá, tatajuva e tatajuba-de-Belém. Em Rondônia, o nome mais usado é garrote, o qual é também usado para espécies do gênero Brosimum.