Nome Científico: Bagassa guianensis Aubl.
Nome Popular: Tatajuba, Garrote (RO), Amarelão, Bagasse, Jawahedan, Burra Leiteira, Bagaceira (AM), Amaparana, Tatajuva.
Família Botânica: Moraceae
Origem: Nativa do Brasil, porém não endêmica.
Características Gerais: Árvore de grande porte, que cresce de 35-50 m de altura. Como outras espécies da família Moraceae, quando cortada, libera um látex branco abundante e é a única entre elas que ocorre nas Américas a ter folhas opostas, freqüentemente trilobadas e com pecíolos compridos. Tronco reto e cilíndrico, de 40-80 cm de diâmetro, com casca espessa, fibrosa, porém mole, liberando um látex branco abundante quando cortada, o qual coagula em contat. As flores são minúsculas, agrupadas em inflorescências formadas ou de flores femininas (capítulos) ou de flores masculinas (espigas). Estudos recentes, no Pará, mostram a probabilidade de polinização por pequenos insetos (tisanópteros) e não somente pelo vento, como foi anteriormente suposto. Após a polinização as infrutescências crescem até o tamanho de uma laranja. A planta é dióica, ou seja, há indivíduos que só desenvolvem flores masculinas e outros que só têm flores femininas. Fruto globoso de superfície granulosa, com polpa carnosa, adocicada e adstringente, com numerosas sementes achatadas. O fruto é comestível, sendo levemente adocicado.
Usos: Sua madeira é de cor amarela, tornando-se dourada através do acabamento pela indústria; relativamente pesada e de boa qualidade. Sua contração durante a secagem é excepcionalmente pequena para uma madeira do seu peso. É resistente ao ataque de insetos e vermes marinhos, assim, tem um grande potencial para uso em construção externa e deck. Tem sido cultivada como fonte de celulose. Mas a espécie tem uma distribuição irregular, e é muito rara em algumas regiões onde normalmente deveria ocorrer.
Informações Ecológicas: Planta semidecídua, heliófila até ciófita, seletiva xerófita, característica e exclusiva da floresta pluvial Amazônica, onde apresenta, de maneira geral, freqüência moderada a elevada, não obstante muito descontínua e irregular ao longo de sua área de distribuição. Apresenta boa regeneração em áreas abertas e em capoeiras, preferindo terrenos bem drenados e férteis situados em elevações do terreno. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, prontamente disseminadas pela fauna em geral.
Fenologia: Floresce durante os meses de abril até agosto. Os frutos amadurecem a partir de setembro e prolongam-se até fevereiro.
Obtenção de Sementes: Recolher os frutos no chão sob a árvore logo após a maturação e queda espontânea. Em seguida deixá-los amontoados em sacos plásticos até o apodrecimento da polpa para facilitar a remoção das sementes através da lavagem em água corrente dentro de uma peneira fina. Após a secagem à sombra por 24 horas estarão prontas para serem semeadas. Um quilograma de sementes contém cerca de 165 mil unidades.
Produção de Mudas: Colocar as sementes para germinação logo que colhidas em canteiros a pleno sol contendo substrato arenoso. Em seguidas cobri-las com uma fina camada do substrato peneirado. A emergência ocorre em poucas semanas e a taxa de germinação é inferior a 50%. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando com 5-7 cm. O desenvolvimento das plantas é rápido no habitat natural.