Nome científico: Phoenix dactylifera L.
Nome popular: tâmara
Família botânica: Arecaceae (Palmae)
Origem e dispersão: o Golgo Pérsico é sua provável área de origem. No Brasil, é citada desde 1590, não tendo, entretanto, importância como cultivo comercial.
Apresenta estipe (caule) de porte ereto que atinge de 10 a 30 m de altura.
Clima e solo: cresce bem em regiões secas, de clima tropical ou subtropical árido ou semi-árido. Adapta-se bem em qualquer tipo de solo, desde que bem drenado.
Propagação: pode ser propagada por sementes ou rebentos.
Variedades: são classificadas comercialmente em três grupos: moles, semi-secas e secas.
A tâmara constitui matéria prima para alimentos e é utilizada em diversas combinações. É utilizada para preparação de licor, álcool e vinagre.
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Vitaminas – 165 U I de vitamina A; 70 mcg de B1; 83 mcg de B2; 2,5-3,1 mg de B3, sendo um valor alto comparativo a outras frutas; vitamina K – 2,5mg.
Minerais – potássio-60 mg; fósforo – 50 mg; 0,8 mg de ferro; 660 mg de potássio; 50 mg de magnésio.
Contém taninos e outros componentes são o ácido pantotênico, vitamina B5 e triptofano.
O fruto pode ser consumido ao natural, ou com leite, como costume árabe, ou a tâmara seca, como é comum em nosso mercado. Também é consumida em culinária, conservas e dela pode ser feito vinho e mel, além de vários produtos de confeitaria. Como os frutos de tâmara amadurem após colhidos, isso pode ser feito em condições ambientes ou em estufa, após a colheita e a limpeza. A cura é processo trabalhoso e feito com calor, em ambiente protegido, em esteiras, ou com cobertura de filó de malha fina, em depósitos arejados. A boa cura leva à obtenção de tâmara com alto teor de açúcar, sem fermentação e bolor, podendo ser conservada por maior período.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
A tamareira é pouco cultivada no Brasil, em algumas áreas secas, como o Nordeste, mas muito importante na Ásia e África, onde é originária, e cultivada em muitos países, em todos os continentes. A palmeira é muito alta, produz seus frutos em cachos e há muitas variedades, com frutos de diferentes formas e cores. A tâmara que é oferecida em nosso mercado é na forma de passa, pois ao natural não pode ser consumida usualmente. O fruto é uma drupa de forma cilíndrica a elíptica, com 20 a 6,5 cm de comprimento, inicialmente de cor verde, mas que se torna colorido de amarelo, ou vermelho, conforme a variedade e maturidade. Há diferentes tipos, como o mole, este com menos açúcar, semi-seco e seco. Nos países tradicionais produtores há muitas variedades. Cada fruto contém uma semente e polpa densa, translúcida, carnosa, até gelatinosa, mas saborosa e muito doce, após curada, com até 75 a 80% de açúcares, pouco ácida e de alto valor calórico. Diferentes estágios de maturação do fruto recebem em árabe nomes específicos, tais como: khalal, rutab e tamar, conforme sua cor e maturidade. Khalal é a tâmara quando passa de verde a amarela ou avermelhada, ainda com alto teor de umidade, de cerca de 50%; rutab, quando está madura e a polpa inicia o amolecimento; e tamar é quando curada, já com menos de 15% de umidade. A tâmara também contém celulose e água. (DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P Valor nutricional de frutas).
“Se a carnaubeira mereceu o nome de árvore da vida, se o coqueiro da praia permite o povoamento de pequenas ilhas da Polinésia, a tamareira é a árvore providencial das regiões desérticas ou semidesérticas do Hemisfério Setentrional. O árabe tem por ela, e com justificada razão, mais do que respeito – verdadeira veneração… Sobre ela há, entre os árabes, literatura abundantíssima. E os operários, enquanto procedem à polinização artificial da tamareira ou lhe colhem os frutos, cantam suas virtudes”. (PIMENTEL GOMES, A. Tamareira, 1955).