Nome científico: Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud
Nome popular: Taiuva, tajuva, tatajuva, tatajuba, tauba, amora-branca, amoreira, pau-de-fogo
Família botânica: Moraceae
Distribuição geográfica e habitat: É encontrada no Brasil, México, Índias Ocidentais, Argentina, Colômbia, Paraguai, Peru e Equador. Ocorre principalmente na Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Mista, podendo ser encontrada em Matas Ciliares e, no Cerrado.
Características gerais: É uma espécie heliófila, frequentemente encontrada em pastagens e muito recomendada como árvore de sombra para o gado. Tronco: geralmente tortuoso e irregular, de fuste curto, com espinhos, quando ferido, exsudam látex. Folhas: simples, alternas, lâmina foliar elíptica a lanceolada-acuminada, quando nova é pilosa, quando adulta glabra, exudando látex amarelo, quando macerada. Flores: inflorescências masculinas em espigas longas e pendentes e femininas globulares, ambas verdes. Fruto: composto, com formato irregular, geralmente arredondado ou globoso, adocicado, comestível, com muitas sementes pequenas.
Clima e solo: Pode ser encontrada em temperaturas entre 11,9 a 30,9 °C, com chuvas uniformemente distribuídas na região Sul, exceto Norte do Paraná, no Litoral do Estado do Rio de Janeiro, e no Nordeste do Amazonas, e periódicas, com chuvas predominantes no verão ou no inverno, nas demais regiões. O regime de precipitação pluvial média anual pode ocorrer desde 800 mm no Piauí a 2.700 mm no Amazonas. Suporta temperaturas baixas. Prefere solos aluviais, bem drenados e com textura de franca a argilosa. É considerada uma espécie indicadora de solos de fertilidade química alta.
Usos: Na Argentina é usado para se fazer sucos. Usado para se misturar no vinho. A polpa é consumida ao natural. A madeira é resistente, usada na fabricação de moveis, revestimentos decorativos e peças torneadas. Na construção naval, como pisos de convés e degraus de escadas e, na construção civil, como vigas, tábuas, ripas e em obras externas como mourões, dormentes e esteios. Pode-se extrair corantes e pigmentos. É conhecido como pau-de-cores, muito procurado pelos corsários franceses, no litoral Cearense. A casca cozida é usada como cicatrizante e no tratamento de hérnias. O látex da casca é usado para dor de dente. É interessante para ser indicada na recuperação de áreas degradadas, na restauração de matas ciliares, por suportar o encharcamento e também por possuir frutos atrativos para a avifauna. Pode ser usada no paisagismo para a arborização de praças, parques e rodovias.
Fontes: DONADIO, L.C. Dicionário das Frutas; LORENZI, H. Árvores Brasileiras
Fotos: DONADIO, L.C.