15/01/2013 – Globo Rural
Na região de Petrolina, os agricultores reclamam da situação. Nem mesmo as lavouras irrigadas renderam o que era esperado.
É o início da colheita da acerola no Vale do São Francisco. Nas terras de quatro hectares plantados com 2500 pés, em Petrolina, Pernambuco, seis pessoas fazem o trabalho. Aparentemente, tudo vai bem, mas a agricultora Celmira Igáki diz que a safra não será das melhores, por causa da seca. As aceroleiras perderam folhas e flores e não vingaram. A situação é semelhante em todos os 1400 hectares de produção de acerola do município. Mesmo sendo irrigado e recebendo água pelo menos duas vezes por semana, o cultivo precisa bastante da chuva, conforme explica o técnico agrícola Evanildo Tavares. “A irrigação não substitui a chuva, que traz o benefício do nitrogênio. A mudança de clima com chuva favorece a floração e o pegamento dos frutos”, diz. Em outra plantação, o tempo seco atrasou até o início da colheita. Os trabalhos costumam começar nas primeiras semanas de janeiro, mas as aceroleiras ainda não estão carregadas, têm mais flores do que frutos. Diante desta situação, a previsão é de começar a colher só em fevereiro. Nas terras com mais de mil pés de variedades diferentes, do agricultor Jorge Mariano, os frutos já estavam quase no ponto, mas foram queimados pelo sol forte. Além das perdas, o preço do quilo da fruta madura caiu de R$ 0,75 para R$ 0,70. O estado de Pernambuco é o maior produtor de acerola do país, responde por 25% da safra.