Nome Científico: Lecythis lanceolata Poir.
Nomes populares: sapucaia-mirim, sapucaia-miúda, sapucaia, sapucaia-branca, sapucaú, monkey pots.
Família botânica: Lecythidaceae
Distribuição geográfica e habitat: espécie endêmica do Brasil, ocorrendo na mata pluvial Atlântica desde Pernambuco até o Rio de Janeiro.
Características gerais: árvore decídua de 12 a 28 metros de altura. O tronco é cilíndrico, reto, com casca grossa, longitudinalmente fissurada, pardacenta. Folhas: subcoriáceas, glabras, margens serreadas. Flores: róseas, dispostas em inflorescências racemosas. Frutos: é um pixídio lenhoso, contendo sementes com arilo branco carnoso.
Clima e solo: pode ser encontrada em temperaturas entre 17,2 a 27,6°C, com chuvas uniformemente distribuídas no litoral norte do estado de São Paulo e no litoral sul do Rio de Janeiro, uniformes ou periódicas, na faixa costeira do sul da Bahia e periódicas nas demais regiões. O regime de precipitação pluvial média anual pode ocorrer desde 1.000 mm no Estado do Rio de Janeiro, a 2.800 mm. Geadas ausentes. Prefere solos férteis e bem drenados.
Usos: possui amêndoa comestível, oleaginosa e de agradável sabor, apreciadas por macacos. O fruto lenhoso é usado como vaso decorativo e como recipiente para guardar compotas. A madeira é usada na construção naval, carpintaria, marcenaria, na construção civil como vigas, caibros, ripas, tacos, tábuas para assoalhos, em obras externas como postes, estacas, esteios, mourões e dormente. A casca é usada no combate à tosse, o óleo e a casca são diuréticos e usadas contra a diabetes. Como ornamental pode ser indicada na recuperação de áreas degradadas, por possuir frutos atrativos para a fauna e de interesse no paisagismo devido a bonita copa e coloração de sua folhagem. É polinizada principalmente por abelhas (Xylocopa frontalis). A dispersão é realizada por morcegos e macacos que comem os arilos e dispersam as sementes.
Curiosidades: o nome genérico Lecythis provém do grego lecythos (panela de óleo), devido ao fruto parecer com uma panela com tampa. Os macacos jovens colocam a mão na urna do fruto em busca das sementes e não conseguem retirá-la, daí o dito popular “macaco velho não mete a mão em cumbuca”.