Nome Científico: Matisia cordata H.B.K. Sinonímia: Quararibea cordata (Bonpl.) Vischer
Nome Popular: Sapota-do-peru, sapota, sapote, sapota-do-solimões.
Família botânica: Bombacaceae
Origem: Brasil – região Amazônica até Colômbia e Peru. É característica das matas de terra firme na bacia do alto e médio Solimões na região Amazônica, ocorrendo em outros tipos de vegetação.
Características da planta: Árvore de grande porte que pode atingir até 45 m de altura. Folhas grandes de até 50 cm de comprimento. Flores de coloração branco-rosada que surgem de agosto a novembro. Fruto: Forma oval, caracteristicamente envolvido por um capuz que é uma parte resistente da flor. Polpa amarelo-alaranjada que envolve duas ou três sementes verdes-castanhas, duras e espessas. A planta produz frutos de 373 a 1.088 g, com peso de casca de 205 a 698 g, medindo de 8 a 15 cm de comprimento e 7 a 12 cm de diâmetro, com peso de sementes despolpadas -17 a 56 g; porcentagem de polpa de 30 a 40%, com formas esférica, lobulada ou ovalada. O fruto é bem típico, com cálice persistente e casca peluda, de cor amarronzada e coriácea. Introduzida em Jaboticabal, SP, produz bem nessas condições e produz de fevereiro a maio. Sua fruta é grande, menor do que a da Amazônia, tem casca dura e coriácea, esverdeada quando madura, com uma polpa amarela a alaranjada, e cinco sementes por fruto.
Cultivo: Cresce espontaneamente em toda a região amazônica, onde também é amplamente cultivada. Frutifica de fevereiro a maio.
Usos: Os frutos podem ser consumidos in natura. Os frutos são comercializados em feiras regionais na Amazônia. Madeira: Possui características mecânicas baixas, usada para caixotaria leve, miolos de painéis e portas. A polpa adocicada e de bom sabor pode ser consumida ao natural, mas também em compota, suco e geleia. A composição da polpa é de 1 g de proteína, 0,4 g de gordura, 15 g de carboidratos, 5 g de fibra e rica em carotenoides, com mais de 2.000 mg/100 g de polpa.
Clima e solo: Encontrada principalmente em locais com 1.000 a 1.800 mm de chuvas anuais, podendo também ocorrer em locais mais secos devido à sua capacidade de armazenamento de água nas túberas das raízes. Prefere solos úmidos e férteis.
Fonte: DONADIO, L.C., Dicionário das Frutas. LORENZI, H., Árvores Brasileiras. Fotos: DONADIO, L.C.
Rico em carotenoides. A polpa tem um pouco de fibras, mas o sabor é agradável, adocicado e com bom teor de caroteno, 12,06 de sólidos solúveis totais; 0,06% de acidez; 84% de água; 6,92% de proteínas; 1,38 de lipídios; e 4,28% de cinzas.
Vitaminas – 1.612 UI de vitamina A.
Minerais – Na sua casca, tem os seguintes: nitrogênio – 0,53; fósforo – 0,28; potássio – 1,85; cálcio – 0,71; magnésio – 0,24; enxofre – 0,05 mg; cobre – 9; ferro – 27; manganês – 20, e selênio – 11 ppm (AGUIAR et al. 1980, Acta Amazônica).
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
“Seu cultivo e distribuição estende-se desde o Estado do Amazonas, no Brasil, até a parte oriental do Peru, Colômbia e Equador, sendo encontrada com muita frequência no estado silvestre na mata primária, onde cresce até a altura de aproximadamente 40 m, além de ser também cultivada nos sítios e arredores de Manaus. No município de Tefé, Amazonas, é comercializada nos mercados e feiras livres da cidade” (BRAGA et al., 2003).