Nome científico: Punica granatum L.
Nome popular: romã
Família botânica: Punicaceae
Nativa da Pérsia, foi domesticada no Irã ao redor de 2.000 anos antes de Cristo. No Mediterrâneo, tornou-se, há muito, uma fruta de algum interesse. Daí foi distribuída para outros países da Ásia às Américas. Uma outra espécie é conhecida, mas sem frutos comestíveis.
É uma planta que se adapta a climas tropicais e subtropicais, até nos semi-áridos.
É propagada por sementes, mas, como tem polinização cruzada, pode dar tipos diferentes. A propagação vegetativa por estacas lenhosas é fácil, bem como por alporquia.
Há muitos cultivares melhorados.
O fruto pode ser consumido ao natural, como sucos e geleias ou em um vinho chamado “grenadine”. Há um xarope feito do suco. Como a casca contém 30% de tanino, pode ser usada para curtir couro. Tem propriedades terapêuticas e é usada na medicina popular.
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas Exóticas (Funep, FCAV/Unesp).
O suco da romã contém água, açúcares, como glucose e frutose, ácidos orgânicos, proteínas, sais minerais e vitaminas em pequena quantidade e perfaz até 45 a 65% do peso do fruto.
Um atributo benéfico do suco de romã é seu efeito antioxidante, pelos compostos fenólicos e polifenóis e taninos em seus açúcares, com efeitos medicinais.
A acidez varia de 0,5 a 3%, e os sólidos solúveis totais variam de 10 a 14 oBrix.
Vitaminas – Tem de 8 a 14 mg de vitamina C/100 g; caroteno – 0,03-0,09 mg; B1 – 0,01-0,7 mg; B3 – 0,3-0,9 mg.
Minerais – Cálcio – 3-14 mg; fósforo – 8-70 mg; ferro – 0,3-1,0 mg; sódio – 4-7 mg; potássio – 133-379 mg.
Vários pigmentos dão cor ao fruto, com pequena porcentagem de tanino que lhe dá seu gosto amargo.
As sementes contêm até 15% de óleo, de bom valor, e as gorduras saturadas são, em média, 8%, monoinsaturadas 10% e os ácidos, com até 7%.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
“A romãzeira é cultivada para uso de seu fruto, que pode ser consumido como sobremesa ou pode ser processado em suco, licor grenadine ou vinho. Na Índia, a romã é mais consumida como fruta de mesa, enquanto no Irã e nos Estados Unidos boa parte é processada. O suco é um excelente aperitivo. A casca do fruto contém cerca de 30% de tanino que pode ser usado no curtimento de couro, só ou em mistura com tanino sintético. De fato, a romã já era usada no passado no Marrocos para isso. O fruto da romã é também valioso na farmacologia pelas suas propriedades medicinais” (G. N. MOHAN KUMAR; Pomegranate, no livro Fruits of Tropical and Subtropical Origin, 1999).