A agrônoma e professora Ana Maria Primavesi, pioneira da agroecologia no Brasil, morreu no domingo passado (5) aos 99 anos, em São Paulo.
Ana era austríaca e migrou para o Brasil em 1948 com o marido, passando a dar aulas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Seus livros e ensinamentos viraram parâmetros para cientistas e pesquisadores do país, assim como agricultores. Ela defendia há décadas que o brasil devia praticar uma agricultura tropical, de país quente, com o mínimo de movimentação do solo, o que hoje é aceito plenamente.
Em 2012, o Globo Rural conversou com ela sobre suas ideias. Ao longo da carreira, ela sempre defendeu uma agricultura natural, sem agrotóxico e que valorizasse a vida no solo.
“Para mim é fascinante como a terra melhora, como a água nasce, como tudo está se desenvolvendo. A minha paixão é o solo, porque tudo depende do solo, inclusive os homens”, explicou Ana Maria à época.