Nome Científico: Nephelium lappaceum L.
Nomes populares: rambutão, rambutam, rambotão, ramboutan
Família: Sapindaceae
Distribuição geográfica e habitat: o rambutanzeiro é originário da Malásia e cultivado em diversos países da Ásia e na Austrália. No Brasil existem plantas produzindo nos estados da Bahia e Pará.
É uma árvore de 6 a 12 m de altura de copa aberta e tronco reto.
Folhas: possuem 5 a 7 pares de folíolos, os quais medem de 5 a 10 cm de comprimento, são elípticos, glabros e verde-escuros na face superior e, pálidos na face inferior.
Inflorescências: são do tipo panícula, axilares ou terminais, com muitas flores unissexuais.
Fruto: é uma drupa ovóide de 5 a 8 cm de comprimento e 2 a 5 cm de largura, com uma semente, casca com colorido brilhante variando de rosa a vermelho e amarelo ao vermelho escuro, dependendo da cultivar. A casca tem espinho moles de 2 cm de comprimentos que cobrem todo o fruto. O arilo ou parte comestível é translúcido, sucoso, aderido a uma sementes grande, achatada, de 2 a 3 cm de comprimento e, perfaz 28 a 54 % do fruto, é consumido fresco, cozido, enlatado ou em geléias. o sabor da polpa é subácido a adocicado, lembrando o da lichia ou da uva, com açúcares em torno de 10 a 12 %.
Clima e solo: é uma planta tipicamente tropical, sendo cultivada somente em locais com temperaturas acima de 15ºC no inverno, não suportando estiagem e ventos. Os solos devem ser profundos, bem drenados e ricos em matéria orgânica.
Valor nutricional: 100 gramas da parte comestível do fruto contém 82 g de água, 64 g de calorias, 1 g de proteína, o,1 g de gorduras, 16,5 de carboidratos e, 1,1 g de fibras. Tem médios teores de cálcio, potássio e ácido ascórbico.
Propagação: a planta pode ser propagada por semente, enxertia e alporquia.
Variedades: uma boa variedade deve produzir, satisfatoriamente, frutos maiores que 34 g, com SST acima de 19 ºBrix e aparência atrativa. Há cultivares selecionados na Austrália.
Utilização: o arilo é consumido fresco, cozido, enlatado ou em geléias.
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas Exóticas (Funep, FCAV/Unesp).
Minerais – Cálcio – 15 mg; ferro – 0,1 mg; potássio – 140 mg; magnésio – 10 mg.
Vitaminas – C – 70 mg; B2 – 0,07 mg; B3 – 0,5 mg.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
É um fruto asiático, da Malásia, recentemente introduzido no Brasil e já aparece nos mercados, chamando a atenção pela sua fruta com cor avermelha ou rósea, e chamativa pela presença de falsos espinhos moles da mesma cor. O fruto também pode ser amarelo ou com tons entre o amarelo e o vermelho.
Na Ásia, é comum em vários países e é também produzido na Austrália e alguns países americanos, em pequena escala. No Brasil, é produzido na Bahia e no Pará.
O fruto é do tipo drupa, ovoide a arredondado, com 5 a 6 cm de comprimento e 2 a 3 de diâmetro, ou mais em cultivares selecionadas, com peso entre 20 a 35 g, com polpa do tipo arilo, comestível e de sabor adocicado (com mais de 15 oBrix), com baixa acidez, polpa translúcida, sucosa e aderida a uma semente. Os frutos são produzidos em cachos e têm a cor avermelhada mesmo antes da maturidade, o que dificulta a colheita em ponto adequado e pode levar ao mercado frutos imaturos. Tem 25 a 50% de polpa. Pode ser consumido fresco, ao natural, retirando a casca e usado para se fazer compota, enlatado, ou na culinária. Tem pouco valor medicinal.
Na pós-colheita, o fruto dura de 3 a 4 dias em bom estado de conservação, após o que começa o escurecimento ou o murchamento dos falsos espinhos. O ponto de colheita é dado pela cor do fruto, amarelo ou vermelho, conforme a variedade, além do índice de sólidos solúveis totais, que deve ser acima de 15oBrix
Frutos para envio a longas distâncias, como os do Nordeste a São Paulo, podem ser colhidos na mudança de cor, o que dá algum tempo maior na pós-colheita, mas não verdes, pois não amadurecem e ficam com baixa qualidade. Outro índice que pode ser indicativo do ponto de maturidade é o pH da polpa, ou arilo, que fica ao redor de 4,3 a 4,5. (DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas)
Dois pesquisadores asiáticos publicaram um livro sobre rambutão, em 1987, com interessantes informações sobre a pós-colheita, fisiologia e armazenamento do fruto, aqui sumariadas: como fruto tropical, o rambutão armazenado a temperatura ambiente pode ter sua casca e falsos espinhos escurecidos, em três dias após a colheita, mas de 10 a 15 oC pode durar até seis dias em boas condições. O armazenamento a frio torna a polpa mais translúcida. Pode haver perda de peso entre 15 e 25% se o fruto ficar em condições de alta temperatura. Há diferenças entre as variedades quanto à capacidade de conservar na pós-colheita, e as características físicas e químicas do fruto também mudam. (do livro Rambutan, de LAM, P. F. & KOSIYACHIDA, S., 1987).