As frutas nativas da região amazônica têm um potencial de consumo ainda pouco explorado, embora algumas delas já tenham expressão nacional e até internacional. É o que mostra trabalho do pesquisador Alfredo Homma, apresentado no XXIV Congresso Brasileiro de Fruticultura, realizado em outubro de 2016, em São Luís, MA.
“Perspectivas de mercado para as fruteiras nativas amazônicas” – esse foi o tema da palestra apresentada no XXIV Congresso Brasileiro de Fruticultura, realizado de 17 a 21 de outubro de 2016, em São Luís, MA, por Alfredo Kingo Oyama Homma, Doutor em Economia Rural, Bolsista de Produtividade e Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. Esse trabalho, reproduzido a seguir, aborda em especial as dificuldades e os problemas observados e, consequentemente, as necessidades de trabalhos de pesquisa e de extensão rural para que essas fruteiras possam contribuir para o desenvolvimento econômico e social das populações da região.
O clássico livro de Paulo B. Cavalcante (1922-2006) intitulado “Frutas Comestíveis na Amazônia”, já na sétima edição, lançado em 1972, lista 163 frutas comestíveis na Amazônia, metade delas constituída por fruteiras nativas, o que realça o potencial de plantas que poderão ser incorporadas no futuro (CAVALCANTE, 2010). A escassez de dados estatísticos com relação às fruteiras, hortaliças e plantas ornamentais nativas e exóticas da região amazônica, limita bastante as nossas análises. É paradoxal afirmar que a maçã é encontrada até nos recantos mais afastados da Amazônia e com preço inferior ao das frutas nativas. A dependência da oferta extrativa, caracterizada por instabilidade da safra, dispersão da produção e distância em relação aos mercados, constitui outro limitador para a expansão do mercado.
A despeito da exaltação da magnitude da biodiversidade futurística, os grandes mercados e a sobrevivência da população regional ainda dependem dos atuais produtos tradicionais, representados pela biodiversidade exótica, como bananeira, coqueiro, laranjeira, melancia, melão, abacaxizeiro, entre os principais. A comercialização de frutas e hortaliças na Ceasa-Pará (período 2006-2011, em kg), indica que 78,09% são provenientes de outros Estados, 19,81% do estado do Pará e 2,10% do exterior.
A biodiversidade nativa ainda não ocupou parte relevante do seu potencial, que pode aliar preservação ambiental, geração de renda e elevação de qualidade de vida para os agricultores da Amazônia. O assassinato de Chico Mendes (1944-88), com a exposição da Amazônia à mídia mundial, deu visibilidade para as frutas nativas, que antes tinham consumo local e sazonal. As frutas da Amazônia ganharam mercado nacional e externo, influenciando os cinco sentidos (cor, sabor, textura, aroma e até o som), com nomes indígenas, destacando-se açaí, cupuaçu, bacuri, pupunha, tucumã, etc. Antes, apenas a castanha-do-pará era conhecida. Com o início do processo de beneficiamento e frigorificação, o consumo do açaí, do cupuaçu e do bacuri, antes sazonal (3 a 4 meses), passou a ocorrer durante o ano inteiro.
Riscos inerentes à saúde humana, como o barbeiro (açaí), a aflatoxina (castanha-do-pará) e a perecibilidade, entre outros, chamam a atenção para a necessidade de desenvolvimento de procedimentos seguros para os consumidores. O ataque de pragas e doenças constitui um desafio comum para todas as fruteiras, hortaliças e plantas ornamentais na Amazônia.
A oferta dos produtos nativos da Amazônia varia do domínio da coleta extrativa (bacuri, tucumã, castanha), à dos com dualismo tecnológico entre extrativismo e plantios (açaí) e à daqueles já com plantios dominantes (cacau, cupuaçu e pupunha). O equilíbrio entre a oferta e a demanda com os plantios versus o extrativismo varia desde aquele em que ocorreu a redução dos preços (cupuaçu) ao de outros em que ocorreru aumento (açaí). Entre as principais fruteiras nativas da Amazônia destacam-se:
Considerando a média do triênio 2012/14, o estado da Bahia concentrou 60,4% da produção, seguido por Pará (31,6%), Rondônia (4,5%), Espírito Santo (1,8%), Amazonas (1,4%) e Mato Grosso (0,2%). Essa cultura não tem recebido a devida atenção por parte de planejadores agrícolas. No triênio 2010–2012, quase 45 mil t de amêndoas de cacau foram importadas, somando mais de 123 milhões de dólares, equivalentes a um quinto da produção brasileira de cacau. Isso indica a necessidade de duplicar a área plantada na região Norte (181 mil ha) nos próximos 5 anos, promover a verticalização, favorecendo a pequena produção e a recuperação de áreas alteradas.
Enfatizar a melhoria do cacau produzido na Amazônia com técnicas de beneficiamento apropriadas, envolvendo fermentação em cochos de madeira, secagem em barcaças, etc. Também é necessário o controle da vassoura-da-bruxa e da possível entrada da monilia, que já se encontra próxima da fronteira do Acre.
Houve uma reversão no consumo: no passado 80% eram exportados e atualmente 80% são destinados ao mercado interno. Atualmente a Bolívia é o maior produtor mundial da fruta e em Cobija está localizada a Tahuamanu SA, considerada a indústria de beneficiamento mais moderna do mundo. A capacidade da oferta extrativa do Brasil, Bolívia e Peru apresentam limitações, e sua produção mundial tem sido constante há seis décadas.
No final da década de 1970, a Embrapa Amazônia Oriental dominou a tecnologia de produção de mudas e de enxertia, permitindo a implantação de plantios pioneiros de castanheira-do-pará, um de 3.000 ha, com 300 mil pés com plantio iniciado em 1982, na estrada Manaus-Itacoatiara, e outro na região de Marabá, PA, plantado na mesma época, pertencente ao ex-Grupo Bamerindus, que foi destruído pelos posseiros e integrantes do MST. Existem cerca de 500 mil castanheiras plantadas em Tomé-Açu, PA, em sistemas agroflorestais, desde a década de 1970, similares às castanheiras nativas. Seria possível expandir para 100 mil ha, para recompor Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente e com mercado assegurado. Toda a atual produção extrativa espalhada em mais de 1 milhão de ha poderia ser obtida em apenas 20 mil ha cultivados. A dificuldade decorre do longo tempo para o retorno de capital, estimado em 27 anos em plantio solteiro (PIMENTEL et al., 2007; HOMMA et al., 2014), sendo recomendável o plantio em consórcios, longe das residências e de caminhos.
A despeito da imagem extrativa e de não existirem estatísticas, estima-se que pelo menos 3% a 5% da produção de castanha-do-pará são provenientes de plantios. Espera-se no longo prazo o aumento da castanha proveniente de plantios, tanto de pequenos como de médios e grandes produtores. Por ser uma planta totalmente dependente de polinização por insetos, a viabilidade de seus plantios vai depender da existência de reservas de vegetação secundária ou de floresta nas vizinhanças, para garantir a sobrevivência dos polinizadores durante o ano.
A falta de dados estatísticos da coleta extrativa, de áreas manejadas e de plantios em terra firme (com e sem irrigação), torna difícil estimar a real produção de frutos de açaí. O código NCM instituído em janeiro de 2016, que classificou a polpa de açaí e seus derivados como purê, exige aperfeiçoamento, para classificar de forma diferenciada a polpa, o mix e outros derivados, possibilitando o rastreamento das exportações (TAVARES & HOMMA, 2015).
Com base nos dados para 2014, estima se em 50 mil t de polpa para exportação interestadual, e 5 mil a 6 mil t exportadas para 31 países, com dominância dos Estados Unidos (48,77%) e Japão (41,66%). A exportação interestadual se concentra para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que respondem por 68,2% de todo o volume comercializado. É difícil estimar o real consumo da população residente no estado do Pará. Especula-se que 8 a 10% da produção correspondentes de polpa são exportados para outros países, 30% para exportação interestadual e 60% são consumidos no Pará.
Há necessidade do desenvolvimento de um vasto programa de pesquisa, visando à domesticação do gênero Euterpe, do processo de beneficiamento, novos produtos, mercado, legislação, entre os principais. O crescimento do mercado esconde riscos ambientais tanto para as áreas de várzeas como para as áreas de terra firme. A expansão controlada, com assistência técnica, obediência às normas legais (ambiental, trabalhista e previdenciária) passa a ser exigido pelo mercado externo. O aumento da produtividade da mão de obra, sobretudo para a coleta de fruto, reduzindo os riscos, exige o concurso de inventores e a fabricação de equipamentos. A questão sanitária constitui um risco para o crescimento do mercado e para a saúde pública se não for devidamente fiscalizada.
A oferta de cupuaçu nativo está em declínio na região de Marabá, PA, decorrente da baixa densidade na floresta, destruição dos ecossistemas para o plantio de roças, pastagens e da obtenção de frutos mediante cultivo entre 2 a 3 anos, o que induziu a expansão dos plantios. O perigo do desmatamento das áreas de ocorrência de cupuaçuzeiros nativos é a destruição de material genético que pode ser importante para programas de melhoramento futuros. A produção atual de cupuaçu provém, basicamente, de plantios comerciais, estimados em mais de 25.000 ha, distribuídos nos estados de Pará (13.000 ha), Amazonas, Rondônia e Acre, principalmente.
As amêndoas de cupuaçu apresentam grandes possibilidades para as indústrias de fármacos, cosméticos e, principalmente, para a produção de chocolate de cupuaçu (o cupulate, patenteado pela Embrapa Amazônia Oriental em 1990), para as pessoas que são alérgicas para a cafeína e a teobromina que estão presentes no cacau. Há necessidade do desenvolvimento de novas alternativas, como a implantação de indústria de bombons e cosméticos para aumentar sua produção. A oferta de amêndoas vai depender do aumento de consumo da polpa de cupuaçu. Em 2002 a Embrapa Amazônia Oriental procedeu ao lançamento das cultivares Coari, Codajás, Manacapuru e Belém e, em março de 2012, lançou a cultivar BRS Carimbó, com mais tolerância à vassoura-de-bruxa e com alta produtividade.
São necessários trabalhos visando a aprimorar o controle de pragas e doenças, tratos culturais, técnicas de substituição de copas com variedades mais resistentes à vassoura-de-bruxa e desenvolvimento de variedades de cupuaçuzeiros aptos para produção de sementes e polpa.
Durante a gestão do presidente Emílio Garrastazu Médici (1905-1985), quando era ministro da Agricultura Luís Fernando Cirne Lima (1933-), foi promulgada a Lei 5.823 de 14/11/1972, conhecida como “Lei dos Sucos”, regulamentada pelo Decreto-Lei 73.267, de 6/12/1973. Estsa lei estabeleceu, para o guaraná, quantitativos de 0,2 grama a 2 gramas de guaraná para cada litro de refrigerante e de 1 grama a 10 gramas de guaraná para cada litro de xarope. Apesar do quantitativo entre o mínimo e o máximo permitidos ser de 10 vezes, a lei provocou uma grande demanda pelo produto, fazendo com que a produção semidomesticada do Estado do Amazonas, que oscilava entre 200 a 250 t anuais, atingisse patamares de até 5.500 t (1999), caindo no triênio 2012/14 para 3.895 t. Desse total, a Bahia produziu 73%. Essa queda, constitui uma indicação de que os refrigerantes de guaraná estão utilizando quantidade do fruto inferior ao exigido pela lei. Tópico importante para a pesquisa é o desenvolvimento de práticas culturais mais adequadas para os guaranazeiros (macro e micronutrientes, pragas e doenças, etc.) e de variedades mais produtivas.
O bacurizeiro é uma das poucas espécies arbóreas amazônicas de grande porte que apresenta estratégias de reprodução por sementes e por brotações oriundas de raízes. A Embrapa Amazônia Oriental tem recomendado o manejo dos rebrotamentos, sobretudo no Nordeste Paraense, e há uma estimativa de que 300 produtores já adotaram essa prática em suas propriedades, cuja área ocupada pela cultura somada é calculada em 200 ha. O manejo consiste em privilegiar as brotações mais vigorosas, que nascem nos roçados abandonados, colocando-as no espaçamento adequado. A primeira produção de frutos ocorre entre cinco e sete anos (HOMMA et al., 2013). Essa constitui-se em importante alternativa para promover a recuperação de mais de 50 mil ha de áreas degradadas e para recompor ARLs e APPs, mediante seu manejo ou efetuando plantios racionais.
A polpa de bacuri tornou-se a mais cara, atingindo R$ 42,00/kg (preços de 2016) e, sem condições de atender nem o mercado local. Isto fez com que a pressão da demanda fosse sentida nas áreas de ocorrência, induzindo o manejo desses rebrotamentos e também o estabelecimento de plantios por agricultores nipoparaenses nos municípios paraenses de Altamira, Marabá e Mãe do Rio.
Os rumos da pesquisa devem estar voltados para promover o manejo de bacurizeiros nativos, a sua domesticação visando plantios racionais, aproveitamento de resíduos (casca e caroço) e o desenvolvimento de uma máquina para o seu despolpamento.
Estima-se que haja 17 mil ha de pupunheiras no País, dos quais 4.037 ha em São Paulo, no Vale do Ribeira, e 4.340 ha na Bahia, destinadas para produção de palmito, e 2.327 ha na Amazônia. Além da sua utilização para a indústria de palmito, a pupunheira apresenta possibilidade de produção de ração para animais e óleo vegetal. O INPA e o IAC são instituições que vêm dedicando esforços à domesticação dessa planta. É interessante o conhecimento popular para verificar a qualidade da pupunha: uns pressionam com a unha, verificam se têm bicadas de pássaros, a coloração, etc. Alguns supermercados de Belém, PA, começaram a vender frutos de pupunha a retalho, em vez de cacho, que pode ser uma tendência futura de comercialização desta fruta, classificada por tamanho, coloração e peso.
Enquanto no Pará a pupunha cozida é comercializada nas ruas, no Amazonas há preferência pelo tucumã. Lá, inclusive, foi criado o “X-Caboquinho”, um sanduíche com essa fruta. Há necessidade de promover a domesticação do tucumanzeiro para atender ao grande consumo da cidade de Manaus. O abastecimento de tucumã em Manaus é feito durante o ano inteiro, com frutos provenientes da coleta extrativa em diversos municípios do estado, alguns distantes até mil quilômetros, Terra Santa, PA, e em Roraima (DIDONET, 2012).
Foi bastante derrubado para extração madeireira e para a formação de roçados, cuja produção depende de remanescentes que sobreviveram e que tem um amplo mercado local. Ultimamente, tem despertado a atenção pelo alto conteúdo de fitoesteróis (CARVALHO et al., 2007). Ainda nos primórdios da domesticação, tem como desafio a dificuldade para a germinação de suas sementes e o processo de enxertia. A estratégia seria aproveitar as mudas que nascem debaixo dos uxizeiros existentes na floresta, daí a importância da conservação dessas áreas de ocorrência. Os colonos nipoparaenses de Tomé-Açu, PA, estão introduzindo esta planta, o bacurizeiro e o piquiazeiro em sistemas agroflorestais, formando novas combinações com açaizeiros, cacaueiros e cupuaçuzeiros (MENEZES & HOMMA, 2012).
Durante o final do primeiro lustro da década de 2000, o município de Curionópolis, PA, tornou-se um polo produtor desta fruta. Em 2014, produziu 220 t de polpa com rendimento de 56% e ressente-se de problemas de armazenagem. Há necessidade de desenvolver processos mais rápidos de propagação e enxertia, para as condições da Amazônia.
Da mesma família do tomateiro, o cubiu é muito utilizado no Amazonas como substituto do tomate, bastante caro, em ensopados de peixe e sucos. Há necessidade de incorporar novos produtos que apresentem potencial olerícola para substituição de verduras convencionais, sujeitas a limitações climáticas e ao ataque de pragas e doenças.
No período 1990 a 1995, o Pará foi o maior produtor do País, perdendo para a Bahia em 1996, assistindo a seguir ao gradativo decréscimo de sua participação, ficando, atualmente, na sétima posição. O estado do Pará, em 1992, respondia por 47,86% da produção nacional, que em 2014 passou para 2,47%. Em 1996, a Bahia, com participação de 22,08%, ultrapassou a produção paraense, que ficou em 18,70%. Entre os tópicos para pesquisa, destaca-se a necessidade de desenvolvimento de variedades mais resistentes a pragas e doenças, reduzindo o uso de agroquímicos, e a integração com SAFs. A safra desta fruta está associada com a pimenta-do-reino pelo aproveitamento das estacões. Urge o desenvolvimento de estacões com madeiras plantadas e tratadas.
O município de Dom Eliseu tornou-se um polo produtor decorrente do plantio inicial efetuado pela Bonnal, durante a década de 1990, que foi paralisada por problemas trabalhistas. Teve o efeito positivo de servir como indutor para a difusão pelos pequenos produtores locais. Há necessidade de pesquisas referentes a tratos culturais, controle de pragas e doenças e estimular a produção para outras regiões da Amazônia, visando ao abastecimento dos principais núcleos urbanos e como mecanismo gerador de renda e emprego.
A lista é extensa e poderia incluir outas plantas, tais como: camu-camu, piquiá, patauá, bacaba, umari, abiu, biribá, etc., na forma extrativa e em pequenos plantios; e buriti, tucumã, pequi, mangabeira, guariroba, etc., provenientes do extrativismo, nem sempre efetuado de forma adequada (HOMMA, 2014; BORÉM et al., 2009).
A transferência de fruteiras nativas da Amazônia para outras partes do País e do exterior tem reduzido as possibilidades de geração de renda e emprego. A inversão desse quadro vai depender da formação de um ativo parque produtivo local e sua consequente verticalização. As precárias condições de infraestrutura (estradas, energia elétrica, falta de portos, etc.) são entraves para o desenvolvimento da fruticultura.
Há necessidade de ampliar o esforço de extensão rural e de pesquisa para a domesticação de fruteiras nativas e dos tratos culturais para ampliar a capacidade de oferta, qualidade e ganhar economia de escala. Os produtos extrativos com demanda mais elástica têm maiores chances de uma domesticação imediata. O desenvolvimento de equipamentos para coleta de açaí, despolpadeira de bacuri e tucumã, quebradeira manual de castanha e murumuru, descascadora de andiroba, entre outros, são prioritários, assim como sua produção industrial para venda aos produtores. Vale observar que a maioria dos equipamentos disponíveis não foram desenvolvidos por técnicos, mas pelos próprios produtores para superar suas limitações.
Produtos com grande mercado, como tucumã na cidade de Manaus, indicam a necessidade de efetuar plantios, que poderiam abrir um grande mercado para os pequenos produtores. As instituições de pesquisa e fomento precisam focar as suas prioridades, com metas concretas. A insistência de muitas propostas na manutenção do extrativismo das fruteiras nativas da Amazônia leva a perdas para os produtores na busca de alternativas e para os consumidores na obtenção de um produto de melhor qualidade e a preço mais reduzido. O gerenciamento das agroindústrias, com pessoal despreparado, tem sido uma razão do fracasso de muitas unidades de beneficiamento.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
CAVALCANTE, P.B. Frutas comestíveis na Amazônia. 7a ed. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2010. 282p. (Coleção Adolpho Ducke).
CARVALHO. J.E.U.; MULLER., C.H.; BENCHIMOL, R.L. Uxizeiro; botânica, cultivo e utilização. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2007. 107p.
PIMENTEL, L.D.; WAGNER JÚNIOR, A.; SANTOS, C.E.M.; BRUCKNER, C.H. Estimativa de viabilidade econômica no cultivo da castanha-do-brasil. Informações Econômicas, São Paulo, v.37, n.6, p.26-36, jun. 2007.
TAVARES, G. dos S. HOMMA, A.K.O. Comercialização do açaí no estado do Pará: alguns comentários. Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (septiembre 2015). Disponível em <http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/15/acai-para.html>. Acesso em 09/09/2015.
HOMMA, A.K.O.; MENEZES, A.J.E.A.; CARVALHO, J.E.U.; MATOS, G.B. Manejo de rebrotamento de bacurizeiros nativos no Estado do Pará: recuperação de áreas degradadas com geração de renda e emprego. Inc. Soc., Brasília, DF, v. 6 n. 2, p.77-83, jan./jun. 2013.
MENEZES, A.J.E.A. & HOMMA, A.K.O. Recomendações para o plantio do uxizeiro. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2012. 5p. (Comunicado Técnico, 233).