Nome científico: Byrsonima crassifolia L. Rich
Nomes populares: murici, murici-da-praia, murici-do-brejo; na América Central, recebe várias denominações como changunga, nanche, nance, nancite, chacunga, craboo, kraabu, savanna serrette, savanna serret, golden spoon e, especificamente na Jamaica, hogberry.
Família botânica: Malpighiaceae
Distribuição geográfica e habitat: árvore nativa do Norte e Nordeste do Brasil, ocorrendo também em regiões serranas e próximas ao litoral. É frequente em terrenos úmidos, próximos a rios e lagoas.
Árvore: sua altura média é de 6 a 16 m.
Folhas: são simples, lisas, e atingem em torno de 13 cm.
Flores: são em forma de cachos amarelos.
Frutos: pequenos, medindo em torno de 0,8 cm e em cachos. Quando maduros, ficam mais macios.
Sementes: geralmente atingem o tamanho de 0,5 cm de comprimento, e têm coloração marrom-claro.
Calorias – 73
Gorduras Totais – 1,2 g
Carboidratos – 17 g
Fibra Alimentar – 8 g
Açúcar – 8 g
Proteínas – 0,7 g;
Minerais: sódio – 3 mg; potássio – 244 mg; cálcio – 46 mg; ferro – 0,4 mg; magnésio – 20 mg
Vitaminas: A – 74 IU; C – 92,5 mg;
São atribuídas ao murici numerosas propriedades medicinais, dentre as quais: contribui para o bom funcionamento dos vasos sanguíneos, prevenindo a ocorrência de males como arteriosclerose, colesterol alto e problemas cardíacos; tem ação antioxidante, prevenindo o envelhecimento precoce; contém ferro, prevenindo a anemia.
As folhas do murici podem ser utilizadas na medicina caseira, no combate à tosse e à bronquite e como laxante natural.
A casca da árvore serve como antitérmico.
Não é conhecida sua utilização em paisagismo, apesar de sua beleza, especialmente quando em floração.
Existem outras espécies de murici, inclusive arbustos, e a característica de todas elas é o fruto pequeno e comestível, de sabor ácido.
Os indígenas já conheciam essa árvore e o seu fruto.
O nome murici significa “árvore pequena” em tupi-guarani.
A famosa frase “em tempo de murici, cada um cuida de si” foi eternizada no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha. Foi atribuída ao coronel Pedro Tamarindo, membro da tropa do coronel Moreira César na Guerra de Canudos. César morreu em combate no dia 2 de março de 1897. Caberia a Tamarindo substituí-lo no comando, mas, com medo, decidiu fugir. Ao ser questionado por um soldado, disparou a frase: “Em tempo de murici, cada um cuida de si”, querendo dizer que, no aperto, cada um que se resolva sozinho.