As moscas-das-frutas (Anastrepha spp. e Ceratitis capitata) fazem parte de um grupo de pragas responsáveis por grandes prejuízos econômicos na cultura da mangueira, não só pelos danos diretos que causam à produção, como também, pelas barreiras quarentenárias impostas pelos países importadores.
O período de floração das mangueiras inicia neste mês de outubro. É nesta época também que os produtores rurais devem redobrar a atenção para impedir a proliferação da mosca-da-fruta (Anastrefha e Ceratitis), principal praga que ataca o fruto. Segundo dados do IBGE, no Tocantins foram plantados 358 hectares de manga comercial em 2011, totalizando 2.506 toneladas de manga. Em 2012, foram plantados 378 hectares, que resultou em 2.646 toneladas.
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária-Adapec, a forma mais eficaz de monitoramento da população de moscas-das-frutas é realizada por meio do uso de armadilhas, que devem ser distribuídas uma a cada três hectares. “Podem ser feitas com garrafa plástica, tipo PET, onde é colocado um atrativo alimentar baseado em xarope de açúcar com feromônio ou proteína hidrolisada para atrair os machos”, disse o engenheiro agrônomo da Adapec, Geroilton Ribeiro, acrescentando que mais informações podem ser adquiridas nos escritórios da Adapec presente nos 139 municípios do Estado.
A armadilha envolve baixo custo e também é mais ecológico, podendo ser usado em pomares comerciais e domésticos, se adequando ao pequeno, médio e grande produtor. “É importante também eliminar os frutos caídos no solo. Basta recolher e em seguida enterrar no meio do pomar em pequenas valas de 70 por 70 por 30 centímetros”, disse Geroilton.
Atualmente, os frutos produzidos no Estado são comercializados nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. As variedades mais produzidas no Tocantins são a Tommy e Adams e os municípios que mais se destacam na produção é Gurupi e Peixe.