O evento acontece nos dias 6, 7 e 8 de março, em Criciúma, promovido pela Associação Brasileira de Produtores de Pitaia (Appibras) com co-promoção da Epagri. Também é possível submeter trabalhos até o dia 1 de fevereiro. Tanto inscrições como submissão de trabalhos devem ser feitas no site do evento.
A programação é composta por palestras, debates e mesas redondas. Entre os temas a serem discutidos estão derivados da pitaia, danos causados por nematóides, industrialização das pitaias, pesticidas químicos e biológicos registrados para manejo das pragas das pitaias no Brasil, biofertilizantes e nematicidas biológico, e uso de luz artificial em pitaias na Angola.
O corpo de palestrantes é formado por profissionais de renomadas instituições. Entre eles, o pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Itajaí, Alessandro Borini Lone, que vai falar sobre avanços da pitaia em Santa Catarina. Destaque também para o engenheiro-agrônomo Juan Carlos Piña, mestre em negócios internacionais da Costa Rica, que aborda o tema certificações e especificações de qualidade para exportação.
A programação se completa no dia 8 de março, com visitação a pomar das 8h às 12h, sob coordenação da Epagri. Serão oferecidas informações em três estações: agroindústria e processamento de pitaia, manejo de tratos culturais e cobertura de solo, e sistemas de condução em espaldeira.
Produção em SC – A produção de pitaia em Santa Catarina vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Na safra 2022/23 o Estado comercializou 2,5 mil toneladas da fruta, crescimento de 40% em comparação com o ciclo agrícola anterior. O movimento econômico foi de R$ 15 milhões.
Diego Adílio da Silva, extensionista rural e líder do Programa Fruticultura da Epagri no Sul de SC, explica que o aumento de produção se deve em parte ao crescimento da área plantada, mas principalmente pelo fato da maioria dos pomares estarem na fase adulta, resultando em maior produção. Ele avalia ainda que os números poderiam ter sido melhores não fossem os problemas climáticos enfrentados no período, como altas temperaturas e estresse hídrico.
Santa Catarina começou a cultivar pitaia em 2010, com as primeiras mudas plantadas pela família Feltrin, em Turvo. Desde então, a área de cultivo vem crescendo em chegou a 300 hectares em 2022, segundo levantamento da Epagri/Cepa. Esse número se manteve na safra 2022/23. O Sul Catarinense responde 90% da produção no Estado, concentrada nos municípios de São João do Sul, Turvo, Jacinto Machado, Santa Rosa do Sul e Sombrio.
*Isabela Schwengber/Jornalista/Assessoria de Comunicação/Epagri