20/07/2015 – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DSV/Mapa) vai intensificar as ações de fiscalização e prospecção de fronteiras como parte do Plano de Contingência da Monilíase do Cacaueiro. As medidas têm como objetivo prevenir a introdução da praga no Brasil e evitar perdas ao setor cacaueiro, que podem variar de 50% a 100% da produção.
O plano será conduzido por uma força-tarefa que vai contar com a participação da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Mapa. Parcerias com agências estaduais de defesa agropecuária para o controle e a educação fitossanitária estão entre as ações previstas.
A decisão de criar uma força-tarefa para reforçar as medidas fitossanitárias de combate à monilíase do cacaueiro foi definida na última reunião de avaliação do plano, realizada no fim de junho, em Belém.
De acordo com o diretor do DSV, Luís Rangel, como a praga está presente em países próximos ao Brasil, como Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, ela pode representar risco às lavouras nacionais. “A monilíase pode ser disseminada facilmente pelo transporte de frutos e material vegetativo e também em embalagens contaminadas pelo fungo. O reforço na fiscalização é fundamental para a proteção do setor cacaueiro. ”
Segundo o assessor técnico da Ceplac Manfred Müller, a instituição está trabalhando intensivamente em pesquisas científicas voltadas às áreas de resistência de plantas ao fungo Moniliophthora roreri, causador da monilíase; controle biológico e químico e de produtos alternativos utilizados como indutores de resistência.
O agronegócio do cacau envolve cerca de 50,3 mil famílias e gera 500 mil empregos diretos e indiretos no Brasil, segundo dados da Ceplac.