Nome científico: Malus domestica Bork
Nome popular: Maçã
Família botânica: Rosaceae
Características gerais: é uma das frutas mais antigas conhecidas, de origem caucasiana, na Ásia. Após várias tentativas de produção no Brasil, nosso país tornou-se um grande produtor e até exportador, graças aos trabalhos de introdução e seleção de novas variedades e melhoria em seu cultivo. A produção brasileira é baseada nas variedades Fuji e Gala e seleções destas. A produção nacional concentra-se nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. O alto rendimento em polpa do fruto e sua qualidade nutricional e boa aceitação são as principais razões de sua ampla utilização na alimentação, culinária e medicina. Além disso, a maçã nacional passou a ter preços competitivos e adequados ao nosso consumidor, pela oferta regular e alta qualidade. A Gala é colhida em meados de fevereiro a março, em Fraiburgo, SC, com peso médio de 110 g.
Evolução histórica: a cultura da macieira no Brasil iniciou seu desenvolvimento comercial na década de 1970. Até então, havia poucos plantios comerciais. Com a iniciativa de alguns produtores pioneiros, incentivos fiscais que permitiam aplicar parte do Imposto de Renda na implantação de pomares e o apoio dos governos estaduais com projetos de desenvolvimento, a cultura da macieira teve grande impulso a partir da década de 1980. A partir de 1994, o Brasil passou a exportador da fruta e, desde o ano 2000, as exportações têm superado as importações. A cultura da macieira é uma importante fonte de geração de emprego, com três empregos diretos e indiretos por hectare. A produtividade também vem aumentando: era inferior a 15 t/ha nos anos 1970/80 e atualmente está próxima de 40 t/ha, com alguns pomares produzindo mais de 50 t/ha.
Qualidade: muitas pesquisas de qualidade foram um forte apoio à cultura e produção da maçã nacional, como as de indução floral e brotação, condução, poda, raleio, manejo da colheita, polinização, controle fitossanitário, conservação e armazenamento, e na produção integrada. Danos mecânicos, que podem escurecer a polpa do fruto, podem ser minimizados com o uso de produtos químicos, melhorando a qualidade do fruto no armazenamento. O teor de cálcio na casca do fruto é indicativo de um problema chamado bitter pit, em maçã Fuji, que, com teor menor de 240 mg/kg, o fruto pode ser suscetível ao problema. A Gala pode ter queda do fruto quando próximo do ponto de colheita, o que foi diminuído com o uso de tecnologias. O uso de telas antigranizo, além da proteção, induz a melhoria da cor do fruto, principalmente na maçã Fuji, pela acumulação de pigmentos de antocianina, que dá a cor vermelha na maçã. Em nossos mercados, as maçãs Gala e Fuji são as preferidas, suplantando as importadas, mais caras. A Fuji tem em média valor pouco maior que a Gala.
A maçã contém ácido málico e outros fitoquímicos com ação medicinal.
Comparando os dados médios da maçã Fuji com a argentina, a qualidade é muito semelhante, com a vantagem de a nacional ser usualmente mais fresca. Dados médios da variedade mais comum e importante, a Fuji, são os publicados na tabela acima.
Minerais – Rica em potássio – 117 mg; cálcio – 2 a 7 mg; ferro – 0,18 mg; fósforo – 7 mg; magnésio – 3 mg.
Vitaminas – 15 mg de niacina (B3); 50 mg de vitamina C; 40 a 45 mcg de tiamina (B1, e riboflavina (B2); vitamina A-51 UI; vitamina E – 0,32 mg.
Fontes: Dr. JOSÉ LUIZ PETRI, Epagri/Estação Experimental de Caçador; DONADIO, L.C. & ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.