O livro Biological Control in Latin America and the Caribbean: its rich history and bright future, editado por Joop van Lenteren (Wageningen University, The Netherlands), Vanda Bueno (Universidade Federal de Lavras, MG), M. Gabriela Luna (Universidad Nacional de La Plata, Argentina) e Yelitza Colmenarez (CABI Brasil, Botucatu, SP) acaba de ser lançado.
O professor Joop van Lenteren explica que quando começou a procurar informações sobre a história e a situação atual do biocontrole na América Latina, foi difícil encontrar dados. “Eu discuti esse problema com a professora Vanda Bueno e percebemos que seria importante obter e publicar essas informações. Depois de entrar em contato com colegas da América Latina e do Caribe, recebemos uma quantidade impressionante de casos antigos e novos de biocontrole. Ficou claro que essa região iniciou importantes projetos de biocontrole já no final do século XIX”, diz.
Além disso, continua o professor, verificamos que o controle microbiano passou a ser utilizado na América Latina precocemente. Uma grande variedade de projetos em controle biológico de doenças, pragas e plantas daninhas foram, e são atualmente, executados. Também descobrimos que a América Latina tem a maior área sob biocontrole do mundo. “Particularmente impressionantes são os projetos desenvolvidos para o biocontrole em cana-de-açúcar, soja e silvicultura. E o uso de agentes microbiano de controle continua sendo de grande interesse. Além disso, o rápido desenvolvimento do biocontrole de doenças de plantas com agentes antifúngicos é um exemplo marcante do biocontrole na América Latina”. Joop diz ainda que os muitos casos/exemplos de biocontrole em todos os tipos de agricultura e silvicultura apresentados no livro estimularão o uso desse método ambientalmente seguro e economicamente eficaz na América Latina e no resto do mundo.
Conforme Vanda Bueno, uma das editoras, o livro resume a história inicial e corrente do controle biológico na América Latina e Ilhas Caribenhas. “Até agora, pouco foi disponibilizado neste sentido, diz Vanda. Por isso, o livro traz informações completas do desenvolvimento e da aplicação do controle biológico neste continente”. Para Vanda, controle biológico não é futuro, mas sim uma realidade atual em nossos sistemas de cultivo, sejam eles agricultáveis, florestais e outros. Entretanto, muito se fala de inimigos naturais, mas pouco se sabe quanto ao seu real uso e liberação em áreas com cultivos no mundo.
A obra traz estimativas em hectares da aplicação prática associada ao tipo de controle biológico usado para a América Latina e Caribe, o que viabiliza um maior conhecimento prático e realista desta importante metodologia de controle seja de pragas ou de doenças.
Com textos, tabelas e referências sobre a história e os projetos, que podem ter resultado em sucesso ou falhas, também apresenta uma ampla revisão da situação atual do controle biológico, revelando um nível surpreendente do seu uso prático na região, tornando-a assim a maior área com aplicação do controle biológico seja para pragas ou para doenças no mundo. Também descreve novos desenvolvimentos e especula sobre o futuro do controle biológico na América Latina e no Caribe.
Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), participa do Capítulo 6 – Biological Control in Brazil. De acordo com o pesquisador, “o crescimento do mercado de controle biológico de doenças de plantas no Brasil é, possivelmente, o maior do mundo nos últimos cinco anos”. Bettiol ainda afirma que esse livro é fundamental para entender o desenvolvimento do controle biológico não só no Brasil, mas também na América Latina e Caribe.
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