Nome científico: Litchi chinensis Sonn
Nome popular: Lichia, lechia, litchi, alexia
Família botânica: Sapindaceae
Distribuição geográfica e habitat: é originária do sul da China, sendo encontrada nos seguintes países: Índia, Madagascar, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Taiwan, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Filipinas, África do Sul, México e Brasil.
Características gerais: planta rústica e longeva, atingindo de 10 a 12 m, com tendência a desenvolver ramos direcionados para o solo. Folhas: alternas, compostas, paripinadas, com 2-4 pares de folíolos coriáceos, glabros, discolores, de 7-12 cm de comprimento. Flores: pequenas, não vistosas, em geral branco-amareladas, dispostas em inflorescências com várias panículas produzidas em ramos do ano. Frutos: é uma drupa de forma arredondada ou ovoide, de casca avermelhada e cheia de protuberâncias. O arilo, parte comestível que recobre a única semente marrom-escura do fruto, é de cor branca, suculento, muito aromático, de alto valor nutritivo, caracterizado pelo sabor doce e levemente ácido, compreende de 70 a 80% da massa do fruto, de acordo com a cultivar. é uma fruta chinesa, considerada uma das melhores do mundo. Plantada na China, responsável por 60% da produção mundial, também é cultivada na Índia e em vários países asiáticos, e pouco nas Américas. Seu cultivo no Brasil foi ampliado nas duas últimas décadas, mas somente na última, com a introdução de novas variedades, tem ganhado importância em nosso mercado. Sua produção no país ainda é pequena, em cerca de 1,5 mil de ha, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e outros, e o volume comercializado tem sido de 2,4 milhões de kg, com a maior parte no Ceagesp. É produzida no fim do ano até janeiro. Não há venda ainda por variedade, apesar de existirem várias em produção.
Clima e solo: adapta-se melhor em regiões onde o clima é frio e seco antes do florescimento e, no resto do ano quente e úmido. A precipitação ideal encontra-se entre 1.250 e 1.700 mm anuais. A exigência em água é maior nas plantas novas e em produção. Prefere solo areno-argiloso, profundo, que tenha boa drenagem e que seja rico em matéria orgânica.
Usos: é consumida fresca ou industrializada, na forma de doces, geleias e polpas. Os frutos são bastante apreciados in natura. É excelente fonte de vitamina C, cada 100 gramas do fruto contêm 71,5 mg da vitamina, o que ajuda a prevenir gripes e resfriados. Além de possuir ação antioxidante, auxilia no combate a doenças crônico-degenerativas, câncer e problemas de coração. A polpa da lichia apresenta um conteúdo de açúcares oscilando entre 11 e 20,6%, valor calórico de 65 calorias/100 g de polpa e entre 40 e 90 mg de vitamina C/100 g de polpa. Seu caráter ornamental acentua-se na época da colheita, quando racimos de frutos brilhantes e vermelhos estão dispostos na periferia da árvore, com cultivos em jardins residenciais nas cidades americanas de San Diego, San Francisco e Los Angeles, nos EUA. É melífera.
Curiosidades: é polinizada por abelhas e pequenos insetos. Atrai a avifauna e a fauna silvestre. Segundo o poeta chinês Po Chii-i, “a cor da lichia se altera em um dia, seu aroma em dois e sua cor, aroma e gosto de perdem completamente em 4 a 5 dias”. Essa frase mostra a pouca durabilidade da fruta na pós-colheita.
Cacho de lichia com fruto cortado, mostrando polpa e semente.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas
Os dados médios da polpa são os seguintes: 63 kcal; 0,87 g de proteínas; 0,44 g de gorduras 13,97 g de carboidrato.
Vitaminas – 0,02 mg de vitamina B1; 0,05 mg de vitamina B2; 0,3 mg de niacina B3; 42-70 mg de vitamina C; vitamina K – 0,40 mg.
Minerais – o mais importante na lichia é o fósforo, com 38 – 42 mg, seguido do potássio, com 170 mg, do cálcio, com 8 – 10 mg, e do ferro, com 0,4 mg.
“Para conservação dos frutos, o ideal é que sejam mantidos, pelo menos, as temperaturas de 10-15 oC e a uma umidade relativa de 90-95%. No armazenamento, os frutos perdem a coloração atrativa, tornando-se escurecidos. O armazenamento dos frutos pode ser feito sob atmosfera controlada a 3,5% de oxigênio e 3-5% de gás carbônico, que tem o beneficio de não provocar o escurecimento da casca, além de menores perdas de vitamina C, de acidez e sólidos solúveis.” (MARTINS, A.B.G. et al., 2001).