Nome científico: Syzygium spp
Nome popular: jambo
Família botânica: Myrtaceae
Os frutos de Syzygium jambos, chamado de jambo-amarelo, cheiroso ou malabar, apresentam coloração amarelo palha com aroma de rosas e sabor semelhante ao da goiaba. Têm forma semelhante à da goiaba e comprimento que varia de 3 a 5 cm. A casca é lisa e fina, a polpa é firme e crocante, com cor amarelo palha, perfumada com sabor adocicado com o centro do fruto aberto contendo de uma a quatro sementes soltas.
Os frutos do jambo-vermelho (Syzygium malaccencis) são os maiores, com 10 cm de comprimento e 8 cm de diâmetro, piriformes, com casca vermelha, lisa e brilhante, polpa branca, suculenta, perfumada e adocicada, com uma ou mais sementes no centro. Usualmente é colhido entre janeiro e março.
O jambo-rosa é a espécie mais comercializada atualmente. Seu fruto é rosado a avermelhado fraco, com forma piriforme, mas de tamanho menor, com 4 a 5 cm de comprimento e diâmetro, com ápice achatado, polpa semelhante à do jambo-vermelho e produção na mesma época.
Os frutos do jambo-amarelo devem ser consumidos ou processados logo após a colheita por que são altamente perecíveis apresentando rápido escurecimento da polpa devido à oxidação.
Os frutos do jambo-vermelho e do jambo-rosa são mais firmes e têm vida útil pós-colheita maior que a do amarelo.
Normalmente o consumo de jambo é ao natural, mas em várias partes do mundo os frutos são cozidos com mel ou usados como xarope, geleias e compotas.
Os frutos podem também ser usados para um prato exótico recheando-se a cavidade do fruto com uma mistura de arroz, nozes, frango e carne recobertos com molho de tomate e alho e cozidos por 20 minutos.
Na Jamaica, as fatias do fruto são cozidas com xarope de açúcar e canela.
As flores também podem ser usadas para preparo de doces e o mel produzido pelas abelhas é de ótima qualidade e muito aromático.
O jambeiro tem sido usado como planta ornamental devido ao perfume das flores e a beleza das folhas. É usado na arborização como árvore para sombra em locais muito quentes.
A casca dos ramos tem sido usada para curtume e produz um corante marrom.
A madeira tem várias utilizações, desde a fabricação de cestos, móveis, barcos, construção civil, instrumentos musicais e caixotaria, mas não tem durabilidade quando em contato com o solo.
O jambo-vermelho é mais comum no Nordeste brasileiro, onde aparece nas feiras e o jambo-rosa é vendido em São Paulo e outras capitais, em casas de frutas exóticas.
Foto 1. Jambo rosa, uns dos tipos mais comercializados.
Foto 2. Jambo vermelho, fruto inteiro e fruto cortado, mostrando polpa e sementes.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
Vitaminas – A composição química do jambo-amarelo apresenta 180 UI de vitamina A; 0,04 mg de vitamina B2; 0,66 mg de vitamina B3, e 20 mg de vitamina C.
Minerais – cálcio – 0,37-30,0 mg; magnésio – 4 mg; fósforo – 8-21 mg; ferro – 0,8 mg; sódio – 34 mg; potássio 50 mg; enxofre 13 mg; cloro 4 mg e cobre 0,01 mg por 100 gramas de polpa da fruta.
Todas as partes da planta são usadas pela medicina popular dependendo do país e de suas tradições, principalmente na Índia e outros países asiáticos e também na Nicarágua, na Colômbia e em Cuba.
Por meio da destilação da infusão de frutos maduros, pode-se produzir uma água perfumada com as mesmas características da “Água de Rosas” produzida com as pétalas de rosas.
A casca dos ramos contém de 7 a 12% de tanino. Das folhas são extraídos óleos essenciais como o pineno e o limoneno, que são utilizados na indústria de perfumaria.
Apesar das indicações de uso medicinal, as sementes são consideradas venenosas porque, juntamente com as raízes, ramos e folhas, têm um percentual indeterminado de ácido hidrociânico e o alcaloide jambosina, que são venenosos.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
Há várias espécies de jambo, como o jambo-vermelho, (S. malaccence L. Merr. & Perry), que também engloba o jambo-roxo-miúdo, o jambo-rosa, S. samaragense (Blume) Merr. & Perry e outras menos importantes, como o jambo-branco e jambinho e outra espécie de Sygygium, o jambolão. A mais comum é Syzygium jambos (L.) Alston ou jambeiro-amarelo, nativo do sudeste da Ásia e Malásia e atualmente encontra-se naturalizado e cultivado em muitas partes da Ásia e nas Ilhas do Pacífico. Foi introduzida pelos portugueses e espanhóis na América sendo cultivada desde a Califórnia e Flórida (EUA), América Central e do Sul. O jambo vermelho é citado como nativo da Polinésia e o jambo-rosa, do Arquipélago Malaio. No Brasil, todos os tipos de jambos citados estão disseminados em vários estados, com poucos cultivos comerciais, o que também ocorre na maioria dos países onde foram introduzidos. (Prof. Dr. RONALDO POSELLA ZACCARO, Centro Universitário Moura Lacerda, Ribeirão Preto-SP).
Informações sobre jambo-vermelho: https://www.todafruta.com.br/jambo-vermelho/