O Brasil importa a maior parte das peras consumidas no País, o que representa um elevado custo e gera menor lucratividade às propriedades frutícolas. Isso acontece porque é pequena a área cultivada com a pereira (Pyrus communis L.), o que pode ser atribuído em parte à carência de informações tecnológicas para o sistema de produção da frutífera nas condições edafoclimáticas do País, onde se destacam a falta de recomendações mais precisas sobre as melhores cultivares, porta-enxertos, combinações de cultivares e porta-enxertos, melhores polinizadoras, práticas de manejo de pragas, doenças e recomendação de adubação.
Em virtude disso, nas últimas décadas vários pesquisadores vinculados a instituições de pesquisa e ensino, públicas e privadas, vêm realizando pesquisas com alguns desses temas. Em 2010, um grupo de pesquisadores vinculados à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio de outros profissionais de outras instituições, como da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade do Estado de São Paulo (Unesp – Campus Registro), Embrapa Uva e Vinho e Embrapa Clima Temperado, instalaram vários experimentos de média duração no Planalto Serrano Catarinense.
Entre os objetivos, destacam-se o estabelecimento de cultivares e porta-enxertos mais adaptados àquelas condições edafoclimáticas; práticas de manejo mais adequadas, como a poda e a definição dos teores de nutrientes no solo e no tecido mais favoráveis às pereiras, busca de melhores fontes de nutrientes a serem aplicadas. Além disso, foram realizados estudos para definir as práticas de manejo mais adequadas de plantas de cobertura em pomares, visando à manutenção de resíduos sobre o solo, mas também à contribuição de nutrientes derivados das plantas de cobertura para as pereiras.
Todos esses temas são abordados ao longo da publicação elaborada a partir do I Workshop sobre frutificação e adubação de pereiras, realizado no município de São Joaquim (SC), no dia 17 de agosto de 2017. O evento foi uma promoção da Epagri, UFSM e UFSC, com apoio da Unesp – Campus Registro (SP) e do Grupo de Estudos de Predição de Adubação e Contaminação de Solos (Gepaces). O evento contou com financiamento da Fundação de Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e foi direcionado a estudantes, técnicos, fruticultores e público em geral.
Para ler o trabalho completo, acesse: workshop_pereira