Autores das fotos: tronco (inferior à esquerda), Emílio Ruiz; flores (inferior ao centro), Gerson L. Lopes; frutos (fotos superior e inferior à direita), João A. Bagatini.
Nome científico: Plinia rivularis (Cambess) Rotman
Nomes populares: guaburiti, jaburiti, guaramirim, cambucá-peixoto, jaboticabarana
Família botânica: Myrtaceae
Distribuição geográfica e habitat: cresce nas matas de galeria do norte no Uruguai, Argentina, Brasil e Paraguai. Nativa da Mata Atlântica, no Brasil. Típica de zona ripária crescendo no litoral do Sul e Sudeste. Ocorre no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo na Floresta Ombrófila Densa e na Floresta Estacional Semidecidua. Trata-se de uma espécie nativa da bacia do rio Paraná com ampla distribuição, porém não muito abundante, sendo comum em matas de galeria
Árvore: perenifólia, heliófita até mesófita, espécie secundária endêmica da floresta pluvial Atlântica, espécie de rara ocorrência. Sua altura atinge até 15 m. Tronco curto e muito ramificado, de 25-40 cm de diâmetro, com casca rugosa e clara. A árvore tem copa muito densa e arredondada, em tudo lembrando uma jabuticabeira. Uma característica marcante é a folhagem nova róseo-avermelhada, muito atraente. É ornamental, principalmente ao emitir folhas jovens, merecendo ser aproveitada no paisagismo brasileiro.
Folhas: simples, opostas, cartáceas, glabras (pubérulas sobre as nervuras), tenuamente reticuladas, com 3 a 6 cm de comprimento por 1 a 2 cm de largura, sobre pecíolo de 6 a 10 mm.
Inflorescências: em rácemos 1-2 seriados, axilares, com flores brancas. Floresce em épocas variadas durante o ano, predominando nos meses de fevereiro-abril.
Fruto: esférico, com 2 cm de diâmetro, casca avermelhada a negra (quando completamente madura) e polpa translúcida e aquosa, algo semelhante à jabuticaba (sua parente próxima). Os frutos amadurecem principalmente de agosto a setembro, são comestíveis e muito consumidos pela avifauna. O guaburiti é excelente para consumo ao natural, assim como para todos os outros empregos da jabuticaba.
Cultivo: aprecia solos com boa capacidade de reter umidade, ricos em húmus. Pode ser cultivado a pleno sol ou meia-sombra. Adapta-se bem tanto a climas tropicais quanto a subtropicais.
Curiosidades: “rivularis” significa “dos rios”, em Latim, em referência ao local onde foi encontrado pela primeira vez. Atrai muitos pássaros, em especial jacu, saíra, sanhaço e tangará.
Bibliografia consultada: LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. Ed. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 1998.352 p.