Nome científico: Annona muricata L
Nomes populares: Graviola; em espanhol, guanabana; em inglês, soursop
Família botânica: Annonaceae
Características gerais: tem como seu centro de origem a América Tropical, mas está distribuída por várias regiões americanas e alguns países asiáticos e africanos. Recebe vários diferentes nomes, como guanabana, em espanhol, e soursop, em inglês. Os países maiores produtores são o México, Brasil, Venezuela, Equador e Colômbia. No Brasil, estados do Nordeste, como Bahia, Ceará, Pernambuco e Alagoas são os maiores produtores, mas também no Norte do País e em Minas Gerais. A infrutescência da graviola é formada de muitos carpelos, dando um “fruto” grande, de 15 até 35 cm, com peso de 0,5 a 15 kg. Os carpelos são separados por um sulco fino, no centro do carpelo há um falso espinho, chamado de espícula, com curvatura para baixo, que dá um aspecto típico ao fruto. Quando o fruto está maduro, a casca é mediana em espessura e passa de um verde-escuro para verde-claro e brilhante, ficando o fruto mole. A polpa é branca, ácida, aromática, com sabor muito agradável, com muitas sementes negras, até perto de 500 por fruto, obovadas, planas, com cerca de 1,5 a 2 cm e peso de 0,50 a 0,60 g cada uma. Há variedades ou tipos de graviola que são mais plantadas, como a Morada, Lisa Crioula e Comum. Há tipos que variam também na qualidade pela acidez do fruto, além da forma e tamanho do fruto. As mais doces, ou menos ácidas, podem ser consumidas ao natural, e as outras como drinques, sucos, sorvetes e outros produtos. A produção no Nordeste ocorre em todo o ano, com pico entre dezembro e junho, podendo concentrar-se mais em um ou até 3 meses do citado período, dependendo do Estado. No Ceagesp-SP, a graviola é ofertada entre novembro e dezembro e depois entre março e abril. No período de colheita, ela deve ser feita com frequência, pois os frutos amadurecem rapidamente e em épocas variadas. Usualmente, o ponto melhor de colheita é quando a casca do fruto muda de cor, de verde-escuro fosco para verde-claro brilhante, com os carpelos mostrando um espaço maior entre as espículas e amolecimento da parte distal do fruto, mas com o fruto ainda firme. O ideal é armazenar os frutos após a colheita em ambiente refrigerado, pois senão amadurecem muito rápido. A temperatura mínima para conservar bem os frutos até 7 dias é de 12 oC.
Foto 1. Polpa e sementes de graviola
Foto 2. Graviola com fruto cortado mostrando sua polpa
Foto 3. Fruto na planta protegido contra pragas e doenças
Foto 4. Retirada da polpa da graviola
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas
Vitaminas – B3 – 1,28 mg; B2 – 0,05-0,12 mg; B1 – 0,11-0,17 mg, e vitamina C – 19 – 37 mg.
Minerais – potássio – 250 mg; cálcio – 10 – 40 mg; fósforo- 19 – 27 mg; magnésio – 23 mg; ferro – 0,2 – 0,64 mg; selênio – 0,60 mg.
Boa parte da produção é utilizada para se obter polpa. Após o despolpamento é congelada, viabilizando sua comercialização por maior tempo. O rendimento médio é de 78 a 85% de polpa, 8 a 9% de casca, 3 a 4% de sementes e 2 a 3% de talo.
Além das vitaminas e sais minerais, a graviola tem metionina, 7 mg; lisina – 60 mg; e triptofano – 11 mg.
Seu uso medicinal é comum, pelas suas folhas, que contêm acetogeninas, substâncias graxas. As sementes também são usadas como medicinais.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
“As diversas partes da graviola possuem princípios ativos e diversas atividades biológicas, como agente imunossupressor, pesticida, antiprotozoário e anti-helmíntico. As sementes esmagadas podem ser usadas como vermífugo contra parasitas internos e externos e também como relaxantes. A casca, as folhas e a polpa são consideradas sedativas, antiespasmódicas, hipotensivas e relaxantes. Os índios ocidentais aproveitam toda a graviola, principalmente para manter a saúde do fígado e combater erupções da pele”. (SACRAMENTO, C.K. do & OUTROS. Graviola, In: Fruticultura Tropical, 2009).