Resumos dos fatos de maior destaque na cadeia de negócios da fruticultura brasileira e mundial registrados durante este mês.
Citros – Pesquisadores do Instituto Agronômico (IAC) constataram por meio de estudos em laboratório que a molécula N-acetilcisteína (NAC) tem capacidade de controlar bactérias que provocam doenças nos pomares cítricos, como a CVC (causada pela bactéria Xylella fastidiosa) e o cancro cítrico. Essa molécula é utilizada em saúde humana como mucolítico, para desobstruir as vias respiratórias. Segundo a pesquisadora Alessandra Alves de Souza, pesquisadora do IAC que coordena o projeto, plantas com cancro cítrico que receberam aplicação do produto pulverizado apresentaram regressão da doença comparável à obtida por plantas tratadas só com cobre. Já laranjais com CVC e sadios tratados com produtos à base dessa molécula apresentaram maior produtividade e frutos com diâmetro maior em comparação com pomares que não receberam o mesmo tratamento. A pesquisadora acrescenta que testes revelaram que a molécula NAC também é capaz de retardar a progressão da infecção causada pela bactéria Xylella fastidiosa em oliveiras. Fonte: CitrusBR.
Centro de Excelência em Fruticultura – Há um ano, em outubro de 2017, entrou em operação o Centro de Excelência em Fruticultura instalado pelo Sistema CNA/Senar em Juazeiro, BA, na região do Vale do São Francisco. Seu objetivo é formar profissionais para a área. Mantém dois cursos de nível médio em andamento – Técnico em Fruticultura (presencial, com 196 alunos matriculados) e Agronegócio (educação a distância, com 60 participantes) – e o programa Jovem Aprendiz, que beneficia 83 estudantes, proporcionando-lhes colocação profissional. Fonte: Senar-BA.
Café – O Cup of Excellence, principal concurso internacional de avaliação de cafés especiais, teve como vencedores no Brasil a empresa Primavera Agronegócios, com lote produzido na Fazenda Primavera, em Argelândia, MG, campeã na categoria “Pulped Naturals” (cafés cerejas descascados e/ou despolpados), com 93,89 pontos, e a cafeicultora Maria do Carmo Andrade, com lote cultivado na Fazenda Paraíso, em Carmo do Paranaiba, MG, campeã na categoria “Naturals” (cafés naturais, colhidos e secos com casca), com 93, 26 pontos. O concurso, que é realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE), teve 67 vencedores neste ano, 30 na categoria “Pulped Naturals” e 37 na “Naturals”, correspondentes aos lotes que receberam notas iguais ou superiores a 86 (de 0 a 100), atribuídas por um júri formado por 29 profissionais de 10 países. A próxima etapa do concurso serão os disputados leilões via internet para aquisição dos lotes vencedores: no dia 29 de novembro para os vitoriosos na categoria “Pulped Naturals” e no dia 5 de dezembro para os vencedores da categoria “Naturals”. No ano passado, cada saca do lote campeão na categoria “Pulped Naturals”, do produtor Gabriel Nunes, da Fazenda Bom Jardim, de Patrocínio, MG, foi arrematada por R$ 55.475,60. Fonte: BSCA.
Vinho (1) – A Wine South America, evento internacional lançado neste ano e realizado no final de setembro em Bento Gonçalves, RS, teve como destaque o Projeto Comprador, que gerou 700 contratos, que devem resultar em vendas em valor superior a R$ 6 milhões nos próximos 12 meses. Nesse projeto, durante a feira, 22 vinícolas participaram de mais de 400 rodadas de negócios com representantes de empresas de 10 países – Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Espanha, Rússia, Chile, Peru, Paraguai, Colômbia e Panamá – e compradores de 25 estados brasileiros. A feira foi realizada pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e o Projeto Comprador foi uma iniciativa conjunta da entidade em parceria com a empresa Milanez & Milaneze (representante do grupo Veronafiere), o Sebrae Nacional e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Fonte: Ibravin.
Vinho (2) – Elogios aos espumantes brasileiros foram feitos durante a Wine South America por Alistair Cooper, Master of Wine da Grã-Bretanha, destacando a capacidade das vinícolas do país de produzir a bebida com profissionalismo tanto pelo método tradicional quanto pelo Charmat. E declarou: “O Brasil está sendo Brasil com relação à elaboração de espumantes. Não está tentando ser Champagne ou Asti, e isso é muito bom. Seguramente, os espumantes brasileiros são os melhores da América Latina. Fonte: Ibravin.