Nome científico: Acnistus arborescens (L.) Schltdl.
Nomes comuns: fruta do sabiá, marianeira, fumo indígena, espora-de-galo e guitite(Costa Rica).
Família botânica: Solanaceae, que abrange outras frutíferas, tais como tomate arbóreo, physalis, cubiu, pepino doce e lulo, entre outras.
Distribuição e habitat: tem uma larga distribuição na América Latina, do México à Argentina. No Brasil, encontra-se na Mata Atlântica, em beira de rios e áreas bem drenadas. Pode ser usada em recomposição de matas, como pioneira.
Características gerais: árvore de porte médio, com 2 a 6 metros de altura, mas predominando a média menor do que 3 m. É um arbusto, com folhas simples, grandes, com até 30 cm, verdes; flores em cachos, campanuladas, bissexuadas, actinomorfas, com ovário bilolucar, cálice sincépalo, diclamídeas, branco-esverdeadas, com 8 a 12 mm, que são produzidas ao longo do ano, mas em maior volume entre a primavera e o verão. O fruto é uma baga pequena, com até 1 cm de diâmetro, amarela ou alaranjada quando maduro. São muito numerosos ao longo dos ramos principais e secundários da planta. Na época da frutificação, a planta atrai muitas espécies de pássaros, ávidos pela fruta madura, consumindo também suas sementes.
Clima e solo: prefere solos férteis e úmidos. Pode ser considerada uma planta tropical a subtropical, pela sua ocorrência natural. Adapta-se bem em diversos tipos de solos, se irrigada e adubada.
Usos: além de sua utilidade principal de fornecer alimento aos pássaros, os frutos podem ser consumidos pelo homem e outros animais, pois são doces e têm sementes muito pequenas, comestíveis. Suas folhas são utilizadas pelos indígenas como erva para banho de cura, maceradas ou em emplastros, para tratar inchaços, abscessos e males dos brônquios. A folha seca é utilizada como fumo, em rituais afros. A planta é indicada para recuperação de áreas degradadas.