Esse cenário de grande produção é fruto do esforço conjunto de produtores, associações e órgãos governamentais, que trabalham incessantemente para impulsionar o setor.
No contexto atual, em que a busca por alimentos saudáveis e sustentáveis está em ascensão, as frutas brasileiras têm se destacado como produtos de excelência, conquistando cada vez mais espaço nos mercados internacionais.
Em 2023, celebramos um extraordinário avanço nas exportações de frutas brasileiras, ultrapassando a marca de 1,2 bilhão de dólares em faturamento. Esse resultado representou um novo ápice para as exportações de frutas, com um expressivo aumento de 26,73% em relação ao ano anterior.
Em termos de volume, registramos um aumento de 6%, equivalentes ao envio de mais de um milhão de toneladas de frutas para o mercado internacional.
A qualidade dos nossos produtos, reconhecida internacionalmente, foi fundamental para alcançar esse marco. Investimentos em tecnologia e inovação na produção, colheita, armazenamento e transporte garantem que nossas frutas cheguem aos mercados estrangeiros em condições ideais de consumo.
Além disso, o Brasil possui um robusto sistema de certificação, assegurando a conformidade com os mais rigorosos padrões de qualidade e segurança alimentar.
Nos últimos anos, conquistamos a abertura de novos mercados para nossas frutas, antes inexplorados, que agora apreciam o sabor e a qualidade dos produtos brasileiros. Atualmente, estamos em negociações para exportar uvas para a China e Coreia do Sul, abacates para os Estados Unidos, Chile, Japão e Índia, e melões e maçãs para a Malásia, além de outros.
Nossa dedicação em fortalecer laços comerciais com nações ao redor do mundo reflete nosso compromisso com a expansão das oportunidades de exportação e crescimento.
A crescente ascensão do nosso setor, devido a todos esses fatores relatados, não apenas destaca a importância estratégica da fruticultura para a economia nacional, mas também reafirma seu papel vital na geração de empregos e no estímulo ao desenvolvimento sustentável em todas as regiões do país.
Já na olericultura (área da horticultura que abrange a exploração de hortaliças e legumes), são 7 milhões de empregos distribuídos em aproximadamente 2,6 milhões de hectares. Isso significa que, a cada 10 hectares cultivados com frutas e/ou hortaliças, aproximadamente 25 pessoas são empregadas. Para efeito de comparação, na cultura da soja, por exemplo, a cada 10 hectares, é gerado apenas 1 posto de trabalho.
Esse impactante dado evidencia a significativa relevância social e econômica dessa atividade para as comunidades rurais e para o desenvolvimento do país em sua totalidade. Além desses fatores já discorridos, o associativismo é também uma das principais forças por trás desse sucesso.
Ao unir os produtores e exportadores em torno de objetivos comuns, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas) cria uma frente coesa e articulada, capaz de enfrentar os desafios do mercado internacional e aproveitar as oportunidades de negócio.
Em suma, o futuro da fruticultura brasileira é promissor. Com base em nossa tradição, qualidade e capacidade de inovação, estamos preparados para conquistar novos horizontes e fortalecer ainda mais a nossa posição no cenário mundial.
*Guilherme Coelho é presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas)
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Fonte: Abrafrutas / Globo Rural