A tese de doutorado intitulada “Farelo de Acerola em Programa de Restrição Alimentar para Suínos Pesados”, defendida no início de 2015 pelo zootecnista Fabrício Rogério Castelini, sob a coordenação da professora Maria Cristina Thomaz, docente do Departamento de Zootecnia da UNESP/Jaboticabal e financiada pela FAPESP, demonstrou resultados que devem contribuir para aumentar o consumo da carne suína e desmistificá-la.
O trabalho consistiu na inclusão de uma fonte de fibra, o farelo de acerola, na alimentação de suínos. Após abater os animais, o pesquisador avaliou as carcaças e descobriu que os animais que receberam o farelo apresentaram reduções nos teores dos ácidos graxos saturados, com destaque para o mirístico e o palmítico, que estão relacionados com o desenvolvimento de mudanças degenerativas nas paredes das artérias e cujo consumo demasiado pode provocar doenças cardiovasculares.
Outro ponto importante revelado foi o aumento nos teores dos ácidos graxos α linolênico (C18:3n3) e linoleico conjugado (CLA), popularmente conhecidos como ômega-3 e ômega-6. A ingestão do ômega 3 auxilia na diminuição dos níveis de triglicerídeos e de colesterol ruim (LDL), e pode favorecer o aumento do colesterol bom (HDL).