Pesquisas da Embrapa contemplam o uso integral do coco, tanto em seu aspecto nutricional quanto no reuso da casca que seria descartada
Fortaleza sediará nos dias 10 e 12 de agosto, no Hotel Praia Centro, na edição da Feira Nacional do Coco (Fenacoco), evento que se pretende estudar, propor e promover a cadeia produtiva do coco, com vistas ao desenvolvimento sustentável do setor. A Embrapa apresentará ao público as tecnologias definidas para o beneficiamento da cocoicultura. Quem visitar a Fenacoco da Embrapa para chamar a atenção para os conteúdos e o soluções digitais por meio de vídeos e soluções digitais.
As inovações vão desde a película biodegradável para coco verde, desenvolvida pela Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ), até a ‘Coquita’, criada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE) à base do pó da casca de coco acrescido de diferentes fontes de matéria orgânica disponível na propriedade rural, como o éster bovino, esterco de cascas de coco em mistura com composto orgânico mais húmus de minhoca.
A Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), por sua vez, abordará as tecnologias relacionadas à irrigação do coqueiro e ao processamento do fruto. O terá acesso às seguintes publicações: “Irrigação e aplicação de fertilizantes públicos no coqueiro” , “Qualidade da água dos frutos do Coqueiro-Anão” e “Manejo da irrigação do Coqueiro-Anão” .
Irá fornecer o ramo da agricultura digital, a Embrapa Tabuleiros exporta o software FertOnline Mobile, desenvolvido para fornecer adubação e calagem agrícola para o cultivo de coqueiros. Trata-se do aplicativo de sistema de adubação para o Nordeste do Brasil, agora em formato de celular acessível, gratuito na Play Store . As informações sobre essas tecnologias estão disponíveis para o público em geral, gratuitamente, na seção Soluções Tecnológicas do site da Embrapa Tabuleiros Costeiros.
Derivados do coco em destaque
A Embrapa Agroindústria de Alimentos apresenta como resultado do fruto na feira: doce de coco verde, doce de coco verde com umbu doce de coco verde com abacaxi e a fruta laminada de jabuticaba com coco. A pesquisadora Renata Torrezan explica que a finalidade é apresentar aos produtores de água de coco verde uma forma de aproveitamento da polpa. “A produção desses doces agrega valor à cadeia de coco verde e às demais cadeias de frutas da biodiversidade brasileira, como umbu e abacaxi, que podem ser utilizados em associação com a polpa de coco verde para a produção de cocadas cremosas”, afirma.
A pesquisadora explica, ainda, que as cocadas cremosas foram elaboradas a partir da polpa de coco verde acrescida de frutas tropicais, sem adição de aditivos, com redução de 60% do açúcar adicionado e com menor valor energético em relação às cocadas tradicionais. “Agência de investimentos e negócios na busca de ofertas de novos produtos de investimentos”, destaca a Renata.
A película biodegradável para coco verde, tecnologia que consiste na aplicação de um revestimento não tóxico para preservar a qualidade do coco verde por mais tempo, é outro destaque da Embrapa Agroindústria de Alimentos. A açúcar formulada por polissaídeos e demais o que é inovador como a barreira física que a redução do metabolismo, a atividade enzimática da redução da aceleração e da atividade biológica. Com a película são preservados por até 40 dias a temperatura entre 10 e 13 graus, uma possibilidade de exportação natura .
O revestimento para cocos verdes será apresentado através de um vídeo verde que a tecnologia está pronta para uso pelo produtor que tem interesse em comercializar cocos para mercados distantes, principalmente, via indústria. “É entender que a tecnologia do revestimento está apta a ser repassada ao mercado produtivo e que, com isso, ele pode alcançar mercados que não consegue porque o produto não possui útil para tal”, explica o pesquisador Antonio Gomes, da Embrapa Agroindústria de Alimentos.
Participação em palestras e mesas redondas
Durante a solenidade de abertura da Fenacoco 2022, que terá início às 9h do dia 10, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, e o presidente da Embrapa, Celso Moretti, abordarão a “Diplomacia dos Fertilizantes”, ou seja, a importância dos fertilizantes como produto não passível de sanção junto a Organismos Internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). No mesmo dia, às 16h30, a pesquisadora Maria Cléa Figueiredo, da Embrapa Agroindústria Tropical, ministrará a palestra “Pegadas Hídricas e de Carbono do Coco Verde: Oportunidades e Desafios”.
A pesquisadora Viviane Talamini, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Tabuleiros Costeiros e especialista em doenças de plantas, participa do primeiro painel, de quarta (10) às 14h, com o tema “Cadeia produtiva do coqueiro – gargalos e estratégias para o avanço no futuro” Brasil”. Talamini participa, também, na quinta (11) da mesa às 14h, redonda sobre a Atrofia Letal da Cora do Coqueiro (ALCC), uma doença ainda pouco conhecida que já está presente nos coordenadores das autoridades, cientistas e produtores brasileiros. A sessão conta, ainda, com a Alessandra Boari, da Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), além de outros especialistas nacionais e internacionais.
No dia 11, às 15h45, Genésio Vasconcelos, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria Tropical, e André Dutra, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos, conversam sobre o tema “Inovação Aberta com a Embrapa – Oportunidade no Desenvolvimento de Novos Produtos Produtos da Costa, às 8h30, o pesquisador Emil, especialista em genética de plantas, apresenta o Programa de plantas Costas, nado por ele na Embrapa Costeiros, abordando o estágio atual para as perspectivas. Por sua vez, o engenheiro de alimentos Fernando Abreu, da Embrapa Agroindústria Tropical, debaterá os novos avanços tecnológicos no processamento da água de coco.
Sobre a Fenacoco
A Feira Nacional do Coco tem como objetivo promover o desenvolvimento da cadeia produtiva do coco, no que diz respeito ao crescimento econômico, social, cultural, turístico e das ações de sustentabilidade. evento organiza desde produtores, empresários públicos, artes e pesquisadores do setor de áreas relacionadas à atividade. Em sua edição mais recente, realizada em 2019, a Fenacoco reuniu 822 participantes de 25 estados brasileiros e seis países, consolidando-se como o maior evento de cocoicultura da América Latina. Com programação diversificada, a Fenacoco contará com palestras, mesas-redondas, exposição de artesanato, simpósios e espaços gastronômicos. Assista a programação completa e mais informações sobre a feira no link