Nome científico: Durio zibethinus Rumph. ex Murray
Nomes populares: durian, durião; duren, na Indonésia; thuren, no Camboja; thurian, na Tailândia, e sauring, no Vietnã.
Família botânica: Malvaceae (Bombacaceae)
Distribuição geográfica e habitat: originária do Leste da Malásia. Ocorre no Brasil, na China, em Honduras, na Índia e no México. No Brasil, é cultivada em pomares domésticos e comerciais, principalmente no Sul da Bahia e no Pará.
A planta é ramificada e pode alcançar altura superior a 30 metros e diâmetro da copa superior a 10 m.
Folhas: são simples, elípticas a oblongas, medindo 12 cm de comprimento e 4 cm de largura, verdes na parte superior e ferruginosas embaixo.
Flores: aparecem em racemos ramificados nos ramos grossos. O cálice campanulado abre-se em 4 a 6 sépalas de 2 cm de comprimento. A corola consiste de 5 pétalas livres, de 5 cm de comprimento, amarelas e pubescentes no lado externo. Possui mais de 12 estames de tamanhos diferentes, medindo de 2 a 5 cm de comprimento, arranjados em grupos de 5, opostos às pétalas. O pistilo é constituído por um ovário de 5 cavidades e um estilete cilíndrico de 3 a 5 cm de comprimento. As anteras abrem-se durante a noite e, durante esse tempo, os estigmas não estão receptivos. A polinização é feita principalmente por morcegos.
Fruto: elipsoidal, amarelo quando maduro, coberto de apêndices duros e piramidais. Mede de 15 a 30 cm de comprimento por 12 a 16 cm de largura, chegando a pesar até 7 kg. O pericarpo delgado abre-se pelo ápice, quando está maduro, em 5 valvas. Cada uma destas contém 2 a 3 sementes grandes, rodeadas por um arilo de cor creme a amarelo, que se constitui na parte comestível.
Clima e solo: de clima tropical úmido, e nos locais onde é plantado, a temperatura mínima fica acima de 16oC. Não tolera geadas e a precipitação pluviométrica deve ser bem distribuída. O solo deve ser profundo, fértil e bem drenado.
A semente do durião ou durian é rica em óleo, carboidratos e proteínas, sendo comida cozida ou frita ou assada, cortada em chips, com arroz, ou açucarada, como na Indonésia.
O fruto pode ser utilizado na confecção de geleias e a polpa pode também ser preparada com açúcar, frita ou assada ligeiramente. O fruto pode ser consumido ao natural, mas para algumas pessoas é repulsivo pelo característico cheiro de enxofre. Constitui boa fonte de calorias, vitamina B e C. A composição de 100 g de polpa é a seguinte: água – 66,8 g, calorias – 124, proteínas – 2,5 g, gorduras – 1,6g, carboidratos – 28,3 g e fibras – 1,4 g. É rica em fósforo e potássio.
Na Ásia, os arilos são mais apreciados nos frutos no estádio verde-maduro, ainda firmes, quando estão cremosos, amanteigados, lembrando um queijo, mas já com seu cheiro característico.
Vários produtos podem ser encontrados no mercado asiático com ou à base de durian, tais como lempuk, dodol, srikaya, sekaya, além da polpa congelada, a -23ºC, que pode durar dois meses ou mais. A farinha do durian também pode ser utilizada na culinária, com arroz, legumes, ou com farinha de mandioca, trigo ou outros produtos para se fazer biscoitos.
Em alguns países, acredita-se que seja afrodisíaco.
As raízes, folhas e casca da planta são usadas na medicina popular.
Folhas tenras são comidas como saladas, e as flores dão um tipo de mel.
Curiosidades: é polinizada principalmente por morcegos Glossophaga soricina. A dispersão é realizada pela fauna.
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Vitaminas – vitamina A – 890 UI, tiamina (B1) – 0,10-1,08 mg; riboflavina – (B2) – 0,11-028 mg; niacina (B3) – 1 mg; ácido ascórbico – 20 – 62 mg.
Minerais – potássio – 436 mg; cálcio – 7 a 49 mg; fósforo – 27 a 56 mg; ferro – 1- 2 mg.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas
Alguns países asiáticos chegam a exportar o durian para os seus imigrantes, como os do Canadá. No Brasil, é pouco conhecido e apreciado, sendo introduzido e cultivado em pequena escala na Bahia. O fruto é elipsoidal, amarelo-claro, até alaranjado, quando maduro, coberto de apêndices duros e piramidais, que têm aspecto de espinhos, mede de 12 a 35 cm, pesa até 7 kg. O fruto amadurece após 3 a 5 meses da florada, podendo cair da planta, mas é preferível colhê-lo na planta, antes da queda, o que é uma operação difícil, pelo grande tamanho da planta, feita usualmente por colhedores especializados. O fruto é climatérico. A casca (pericarpo) abre-se pelo ápice, quando o fruto estiver maduro, tendo cinco valvas, ou lóculos, cada um com duas a três sementes grandes, ou sementes incompletas, envoltas em arilo amarelado, cremoso, que é a parte principal comestível. As sementes são em forma de coração, de cor amarelo-amarronzada, ou amarelo-avermelhada.
Foi introduzido na América primeiramente na Ilha da Dominica, na América Central. No Brasil, foi introduzido na CEPLAC, em Ilhéus, e no banco de germoplasma da Embrapa. Existem plantas em outras coleções particulares não tendo ainda importância comercial na fruticultura brasileira.
Os frutos são comercializados inteiros ou em cortes que são acondicionados em embalagens plásticas. A polpa normalmente é consumida fresca ou então refrigerada. Pode também ser cozida com açúcar ou com água de coco, sendo adicionada aos sorvetes. Os javaneses preparam a polpa como um molho para ser servido com arroz ou também preparam com carne picada, cebolas picadas, sal e vinagre, que é um prato muito valorizado.
Foto 1. Frutos embalados em caixa no mercado da Tailândia
Foto 2. Caixa com quatro frutos para exportação na Tailândia
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
Em 1994, um instituto da Tailândia publicou um livro sobre o durian, uma das poucas referências que se encontram sobre a fruta aqui no Brasil. Dados gerais dessa publicação firam incluído do texto acima, como informações gerais sobre essa fruta. O durian pertence à família Bombacaceae, da qual apenas seis espécies são de frutas comestíveis. São elas o lai (Durio kutejensis), o keratogan (Durio oxleyanus), o tabelak (Durio graveolens), o lahong (Durio dulcis) e o muntij (Durio grandiflorus), além do Durio zibethinus, que é a espécie do durian. Bornéu é o centro de diversidade do durian, mas está distribuído por toda a Ásia tropical, sendo comum na Tailândia, na Malásia, em Brunei, na Indonésia e nas Filipinas. No norte da Austrália, há pequenas plantações. (SONTHAT NANTHACHAI, Durian, 1994).