É uma bebida que, segundo pesquisadores, tem mais vitamina C do que a laranja. Existem duas versões para a história da cajuína. A primeira é a de que esse produto já era feito pelos índios.
Porém, a mais conhecida é a do farmacêutico Rodolfo Teófilo, que teria criado a bebida no início dos anos 1900 para ser um medicamento, só que o objetivo não foi alcançado, mas, mesmo assim, ganhou gosto do público.
Incomodado com produtos similares no mercado, Teófilo decidiu registrar a marca “cajuína”, nome que deixou a bebida famosa.
O empresário Elves Batista, de Santo Antônio de Lisboa – a capital do caju –, tem a Bem Leve’s, empresa focada na produção de cajuína, além, é claro, de processar a castanha. Ele compra o caju diretamente de cerca de 50 agricultores da cidade
A cidade de Elves é conhecida da cajucultura porque a primeira safra colhida no país vem de lá e porque pelo menos 1 mil produtores vivem da atividade em um município de cerca de 6 mil habitantes.
Depois disso, o líquido é engarrafado e passa por um processamento térmico, uma espécie de banho maria, onde o suco transparente se transforma em uma bebida de cor alaranjada, que é uma característica comum da cajuína.
É uma bebida que, segundo pesquisadores, tem mais vitamina C do que a laranja. Existem duas versões para a história da cajuína. A primeira é a de que esse produto já era feito pelos índios.
Porém, a mais conhecida é a do farmacêutico Rodolfo Teófilo, que teria criado a bebida no início dos anos 1900 para ser um medicamento, só que o objetivo não foi alcançado, mas, mesmo assim, ganhou gosto do público.
Incomodado com produtos similares no mercado, Teófilo decidiu registrar a marca “cajuína”, nome que deixou a bebida famosa.
O empresário Elves Batista, de Santo Antônio de Lisboa – a capital do caju –, tem a Bem Leve’s, empresa focada na produção de cajuína, além, é claro, de processar a castanha (veja no vídeo abaixo). Ele compra o caju diretamente de cerca de 50 agricultores da cidade
A cidade de Elves é conhecida da cajucultura porque a primeira safra colhida no país vem de lá e porque pelo menos 1 mil produtores vivem da atividade em um município de cerca de 6 mil habitantes.
A empresa começou as vendas do produto em março deste ano, porém a pandemia fez com que os negócios fossem paralisados. Em julho, a dupla retomou as atividades e estão satisfeitos com o retorno do público, tanto que o próximo passo é oferecer outros produtos.
“Queremos trazer texturas diferentes, parecidas com a dos queijos sólidos, também pensamos em oferecer iogurtes. Os produtos que a gente desenvolve tem uma demanda do mercado, seja para veganos ou intolerantes à lactose”, explica Fernanda.
A empresa compra as castanhas de produtores do município cearense de Ocará. Para tornar o negócio mais rentável, a empresa utiliza das amêndoas quebradas, que tem pouco valor comercial para as indústrias e acaba sendo uma forma de agregar valor ao alimento.
A novidade tem chegado a consumidores de diversos estados do país, além do Nordeste. Como a empresa ainda está crescendo a entrega dos produtos nem sempre é tão simples.
“Vai se ajustando, tivemos um pedido do interior do Ceará, que a gente congelou e entregou para amigos que estavam em Fortaleza”, conta.
“A gente também percebe a procura de restaurantes pelo caju cremoso, tanto que vamos lançar uma embalagem para esse segmento”, projeta Fernanda.
Estimular o consumo
Para empresários e especialistas, o caju precisa sair de uma produção quase que artesanal para se tornar um setor mais comercial, visando maior consumo e exportação da castanha, da polpa e de seus subprodutos.
“Se você olhar o Brasil, nós temos uma enorme vantagem competitiva, estamos perto dos Estados Unidos, que são um dos maiores consumidores mundiais de castanha de caju”, explica Vitor Oliveira, do ICB.
Além disso, aponta Rodrigo Diógenes, vice-presidente da Faec, que são necessárias políticas públicas para o setor.
“O desafio é aumentar a produtividade, com mais sustentabilidade e conseguindo aproveitar mais o caju, evitar o desperdício. A produtividade ainda é baixa porque o produtor não tem tecnologia, assistência e crédito”, resume Rodrigo Diógenes.