Nome científico: Solanum sessiliflorum Dunal
Nomes populares: Cubiu, maná, maná-cubiu, tomate-de-índio, cocona
Família botânica: Solanaceae
Distribuição geográfica e habitat: Originária das vertentes orientais dos Andes, na Amazônia Peruana e no Equador, Venezuela e Colômbia, mas também, na Amazônia brasileira, no alto do rio Orinoco, onde é usada pelos índios.
Características gerais: É uma herbácea semiperene, de base lenhosa, ereta, espinescente, ramificada, com altura de cerca de 2 m e copa aberta. O tronco é cilíndrico, pubescente, de coloração acinzentada, preferindo a sombra de outras plantas para o início do desenvolvimento. As folhas são ovaladas, simples, alternas, grandes, pubescentes, de margem lobado-dentada. As flores são sésseis, dispostas em inflorescências axilares, de coloração amarela até arroxeada. Os frutos são bagas pubescentes, de forma, cor e tamanho variáveis, geralmente amarelos, podendo ser esféricos, achatados, ovoides ou ovalados. A polpa é amarela clara, saborosa, doce e ligeiramente ácida. A casca é grossa e tem um gosto amargo.
Clima: Ocorre em áreas de altitude de 200 a 1.000 m com temperaturas entre 18 e 30°C, sem ocorrência de geadas, com chuvas de 1.500 a 4.500 mm/ano.
Usos: Os frutos podem ser usados ao natural, na medicina popular e podem também ser processados. Podem produzir sucos, geleias, néctar, batida e, na culinária, são usados para cozidos de peixes. Na medicina popular são usados para reduzir o colesterol, ácido úrico e glicose no sangue. Rico em caroteno e com bom nível de fósforo e aminoácidos.
Fonte: DONADIO, L.C. Dicionário das Frutas; LORENZI, H. Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas.
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VALOR NUTRICIONAL DO CUBIÚ
Solanum sessiliflorum Dunal, da família Solanaceae, o cubiuzeiro é originário na Amazônia ocidental brasileira e ainda pouco cultivado e conhecido pela população brasileira. Além do Brasil, é também cultivado na Colômbia e no Peru onde é usado principalmente para o preparo de sucos. Na Amazônia, o cubiú é usado pelas populações tradicionais como alimento, medicamento e cosmético. Há outras espécies de Solanaceae frutíferas, o pepino doce e o tomate arbóreo (C. betacea).
Os frutos são bagas pubescentes que podem pesar até 400 g com polpa suculenta e sabor acidulado, tendo formatos e tamanhos variáveis. A cor do fruto quando maduro varia do amarelo, alaranjado ao vermelho. A maturação dos frutos ocorre oito semanas após o florescimento.
O fruto pode ser consumido ao natural, ou principalmente como tira-gosto de bebidas, ou processado para sucos, doces, geleias e compotas. Pode ainda ser utilizado em caldeirada de peixe ou como tempero de pratos à base de carne e frango. Quando adicionado açúcar, pode ser usado em molhos ou bolos. Podem ser preparadas geleias, marmeladas, massas e compotas, picles ou doces. As folhas também são cozidas e consumidas como um vegetal.
O cubiú pode também ser utilizado na medicina popular. Os índios peruanos Waonrani utilizam as folhas, os galhos e as raízes das plantas jovens, fervidas e maceradas, para tratar de mordidas de aranhas e cicatrizar ferimentos externos. O suco do cubiú pode ser utilizado também para dar brilho aos cabelos.
Vitaminas – Vitamina B3 (niacina) com um teor de 2,4 mg por 100 g de polpa representando três vezes mais do que contém a berinjela; vitamina C – 4,5 mg; caroteno – 0,18 mg, tiamina – 0,06 mg, riboflavina – 0,10 mg.
Minerais – cálcio – 16 mg, fósforo – 30 mg, ferro – 1,5 mg.
Sendo uma espécie de ciclo anual, a oferta de frutos se dá o ano todo, devendo o produtor fazer plantios escalonados para abastecer o mercado continuamente. A produção no Brasil é ainda concentrada no norte do país e no estado de São Paulo para abastecer o mercado do sudeste e para a exportação, principalmente para o Japão.
Frutos típicos do cubiú.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
VÍDEO MOSTRA MAIS SOBRE A FRUTA:
https://www.youtube.com/watch?v=_gnS6khWTs4