(Fonte: Embrapa Florestas. Foto: Rossana Catie)
Os frequentadores do Mercado Municipal de Curitiba participaram em 4 de fevereiro de 2017, um sábado, de um teste de degustação e aceitação de sorvete de guabiroba ou gabiroba. Os cem primeiros consumidores que concordaram em participar receberam uma amostra e responderam a um questionário visando a avaliar o quanto os consumidores aceitaram o produto e qual a intenção de compra a partir da degustação. O teste foi promovido pela Embrapa Florestas em parceria com a Sorveteria Quebra Gelo, as Faculdades Pequeno Príncipe e o Mercado Municipal de Curitiba.
“As empresas investem cada vez mais em sorvetes sofisticados, incluindo sabores exóticos e pouco comuns”, explicou a pesquisadora Rossana Catie Bueno de Godoy, da Embrapa Florestas. “No Brasil, já existem sorveterias que incluem frutas nativas nos produtos oferecidos aos consumidores e o teste com a gabiroba caminha nesse sentido”, completa.
As frutas nativas estão cada vez mais presentes na alimentação do brasileiro, em especial devido ao valor nutricional e gostos exóticos. “Sorvetes são excelentes opções para aproveitamento de polpas. No entanto, é necessário saber o potencial de aceitabilidade desses produtos antes de incentivar o consumo das polpas”, explicou a pesquisadora.
A gabiroba é uma fruta nativa, de cor “amarelo intenso”, que vem sendo estudada pela Embrapa Florestas com resultados promissores, pois apresenta considerável valor nutricional e um sabor exótico e picante. Possui altos teores de vitamina C e carotenoides, e sua polpa pode ser amplamente empregada na elaboração de geleias, doces, sucos, licores e sorvetes. Apesar de todos estes atributos, esse potencial da gabiroba ainda é pouco conhecido. O trabalho de pesquisa já desenvolveu geleia e até mesmo cookies para celíacos, em parceria com a UFPR. “Agora é o sorvete que está em pauta, pois o mercado é amplo e aberto a novos investimentos”, ressaltou Catie.
O teste de aceitação do sorvete de guabiroba junto a consumidores seguiu protocolos científicos, com o objetivo de repassar os resultados a segmentos de interesse. “Nossa intenção é que pequenas comunidades utilizem essa fruta como um potencial para incremento de renda”, completou Catie.