O Cambuci é fruteira típica da Mata Atlântica paulista, ocorrendo em diversos municípios, tais como Santo André, São Paulo, Ribeirão Pires, Salesópolis, Santos e Mogi das Cruzes. Nativa na vertente ocidental da Serra do Mar, também era encontrada em Minas Gerais, onde foi mencionada sua ocorrência.
Também é citada na região fluminense. Cita-se sua ocorrência em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. É muito pouco conhecido fora dos Estados citados. Atualmente o cambuci é nomeado pela espécie Campomanesia phaea (O. Berg.) Landrum, da família Myrtaceae, que abrange várias espécies de guabirobeiras no mesmo gênero. Anteriormente foi conhecida como Abbevillea phaea e Paivaea langsdorfii.
Outra espécie, citada como Cambuci de Boraceia, foi nomeada por Mattos, como Campomanesia phaea var lauroana, como uma variedade botânica do Cambuci. Esse tipo foi relatado pelo autor, segundo o qual foi encontrado pelo Dr. Lauro Travassos, às margens do rio Coruja. Seus frutos são diferentes do Cambuci, não são da mesma forma e sim de forma com base plana e produzem fora da época, em setembro-outubro, enquanto a época usual é em abril.
Em reunião da Rota Gastronômica em São Paulo, em maio de 2010, no Seminário “Compartilhando Conhecimentos sobre o Cambuci”, um colecionador de frutas nativas, Hélvio Luiz Bisognini, de Avaré, SP, relatou e mostrou diversos tipos de cambuci, os quais tem em coleção na Fazenda Vista Alegre, no citado município. Conforme o colecionador, coletou muitos tipos diferentes há trinta anos e os nomeou, segundo suas características principais, tais como: casca-fina, casca-dura, chapeleta, empadinha, mirim-amarelo, guabiroba, riscado, balãozinho, enrugado e taça-escuro. Esse fato mostra a existência de grande variabilidade do cambucizeiro, até então pouco conhecida, inclusive dos técnicos.
Na sua região de origem, há plantas com mais de 50 anos e têm sido preservadas em pequenos plantios, como no sitio do Bello, em Paraibuna, SP, junto com outras espécies nativas.