Artigo retirado do Boletim Frutícola Nº 16 Ano 2 – Data: 17/06/2016
Editor: Luiz Carlos Donadio/ Co-editora: Nicole Donadio Coordenador: Carlos Ruggiero
CONDUÇÃO E PODA DA MANGUEIRA
Prof. Dr. Ronaldo Posella Zaccaro
Prof. Dr. de Fruticultura Curso de Agronomia Centro Universitário Moura Lacerda E-mail: rzaccaro@fcav.unesp.br
1) PODAS DE FORMAÇÃO – Sabe-se que a muda é o esteio principal de um bom pomar, portanto sua qualidade é fundamental para que a produção comercial na fruticultura possa produzir os bons frutos esperados. Nesse sentido, a procedência da muda, adquirida de viveiristas idôneos, é de fundamental importância. Além disto, a condução do pomar desde o início deve ser determinada como uma estratégia racional que vise à redução do porte das plantas e permita o adensamento do pomar, consequentemente otimize os trabalhos de tratos culturais, controle fitossanitário e a colheita. Desta forma, a poda de formação consiste em várias etapas até que a mangueira esteja com toda sua estrutura arquitetônica definida, com um número preestabelecido de ramos laterais. Primeiramente, realiza-se a poda, efetuando-se o desponte da muda a uma altura de 60 a 80 cm. Após essa operação, uma intensa brotação ocorrerá e deverá ser retirada, selecionando-se três brotos que deverão ficar equidistantes e em alturas diferentes, para dar maior resistência aos futuros ramos da mangueira, que são popularmente chamados de pernadas da planta. As pernadas também terão uma brotação intensa, e serão podados, selecionando-se apenas três brotos em cada pernada. Esses novos ramos são chamados de braços. Por sua vez, esses braços também brotarão e formarão vários ramos, que deverão ser escolhidos, deixando-se apenas três ramos em cada braço. Em todas as fases, a escolha dos brotos deverá ser sempre no sentido de permanecerem apenas aqueles voltados para fora da planta. Esse período de formação da muda demora em torno de 2 e meio a 3 anos. Após cada operação de poda, os cortes deverão ser protegidos com uma pasta cúprica ou com calda bordalesa.
2) PODAS DE PRODUÇÃO – Anualmente, após a produção da mangueira, realizam-se vários tipos de poda que podem ser chamados de podas de produção e consistem em: poda de limpeza, de levantamento de copa, lateral, de topo, de abertura central, de equilíbrio e de correção da arquitetura da planta.
3) PODAS DE REBAIXAMENTO DA COPA – A poda de rebaixamento da copa ou de topo tem a finalidade de limitar a altura da planta, considerando-se uma regra básica que determina a altura máxima igual a 55% do espaçamento entre linhas de plantio. Através dessa fórmula, realiza-se a poda, cortando-se todos os ramos ponteiros que excedam a altura determinada. Após a poda, realiza-se o pincelamento com uma pasta cúprica ou com calda bordalesa.
4) PODAS EM POMARES ADENSADOS – Para que se possa conseguir melhor luminosidade nas plantas de mangueira, basicamente utilizam-se a poda lateral e a poda de abertura central. A Poda lateral tem a finalidade de aumentar o espaçamento entre as plantas na linha de plantio, permitindo assim melhor aeração e insolação, além de facilitar as operações mecanizadas dentro do pomar. Pode-se utilizar uma regra básica, deixando-se uma área livre de 45% do espaçamento entre linhas de plantas. Ou seja, para um espaçamento entre linhas de 10 m, deve-se ter um espaço livre entre plantas de 4,50 m. A Poda de abertura central tem a finalidade de realizar a retirada de todos os ramos que tenham um ângulo de inserção em relação ao eixo central menor que 45º. Dessa maneira, haverá maior iluminação na parte central da copa que favorecerá a emissão de mais flores provenientes dos ramos mais velhos. Neste caso, deve-se fazer aplicação de solução de cal e água, nos ramos mais expostos ao sol, para que não ocorram a queimadura e a rachadura da casca.
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