Fotos de autoria de João A. Bagatini (esquerda) e Gustavo Giacon (inferior à direita)
Nome científico: Eugenia involucrata DC.
Nomes populares: cereja-do-rio-grande, cereja-nativa, cereja-do-uruguai, cereja-do-mato, araçazeiro.
Família botânica: Myrtaceae
Distribuição geográfica e habitat: ocorre de forma natural no Brasil, na Bolívia, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. No Brasil, ocorre desde São Paulo até o Rio Grande do Sul, nas formações florestais do complexo atlântico e nas florestas e cerrados da bacia do Paraná. Ocorre ainda no Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais e em Goiás, nas florestas estacionais semidecíduas e nos cerrados “senso lato”.
Características gerais da cereja-do-rio-grande:
Árvore de porte pequeno a médio, com 5 a 10 m de altura.
Tronco: ereto, com ramificações tortuosas, pouco suberoso, com casca acinzentada.
Folhas: simples opostas, lanceoladas, com pelos curtos nas nervuras, aromáticas e com pontos translúcidos. No inverno, há queda de parte das folhas velhas, com nova vegetação no início da primavera, quando floresce.
Flores: brancas, numerosas, pequenas, com odor agradável, usadas na indústria de perfumaria.
Fruto: baga, subglobosa ou globosa, com 3 cm ou mais, levemente pubescente, amarelado, velutino quando jovem, com uma semente grande castanho-clara.
Clima e solo: pode ser encontrada em temperaturas entre 8,2 a 24,7°C, com chuvas uniformemente distribuídas na região Sul e periódicas, nas demais regiões. O regime de precipitação pluvial média anual em que pode ocorrer vai desde 1.000 mm, no estado de São Paulo, a 2.500 mm, no estado do Rio de Janeiro. Suporta geada. Requer solos de alta fertilidade, bem drenados, com textura areno-argilosa.
Usos: usualmente consumido ao natural, o fruto contém em média 74% de polpa, 24,5% de semente e 1,5% de casca. Pode ser usado para geleia, doces e licores.
Curiosidades: é uma excelente espécie ornamental devido às suas folhas persistentes, de coloração verde-escura, brilhantes e lisas, que dão ao vegetal uma aparência vistosa, podendo ser utilizada na arborização de ruas estreitas, sob redes elétricas. Por atrair a fauna silvestre, especialmente os pássaros, é indicada para plantios destinados à recuperação de áreas degradadas.