A Embrapa Agroindústria Tropical disponibilizou, nesta última sexta-feira (09) na segunda edição da pasta “Defensivos registrados no Ministério da Agricultura para a cultura do caju”. O guia apresenta informações sobre defensivos utilizados na cultura do caju compilados pela equipe da área de fitossanidade da Unidade. Para acessar a publicação de forma gratuita, basta clicar no link
O catálogo divide os defensivos agrícolas em cinco categorias: Inseticidas, controle de pragas; Fungicidas, controle de doenças; Herbicidas, controle de plantas daninha; Regulação, controle de crescimento e floração das plantas amadurecimento; Fumigantes, desinfestação de materiais, objetos e instalações. A categorização de cada produto utilizado, por exemplo, características determinadas e o princípio ativo de cada composto.
De acordo com o pesquisador profissional Luiz Serrano, da Embrapa Agroindústria Tropical, responsável pelo projeto, a publicação como objetivo aos técnicos da cajucultura – engenheiros agrônomos, agrícolas e produtores – quais os produtos autorizados para serem utilizados na cultura do cajueiro. Luiz Serrano anunciou que os artigos na publicação estão registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a cultura do cajueiro ( Anacardium occidentale ). A caracterização de cada defensivo, por sua vez, utiliza os seguintes parâmetros: nome comercial, grupo químico, princípio ativo, ativo biológico, nome científico e classificação toxicológica.
“Ressalta-se que, para um produto ser registrado para determinada cultura, ele precisa passar pelos crivos do Mapa, em relação à diligência agronômica; da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em relação à classificação toxicológica (riscos substâncias substâncias para a saúde humana); e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em relação a avaliação de periculosidade ambiental”, complementa.
No estudo, o investigador destaca a importância de produtores dos consumidores e as questões importantes que constam na bula, como o nível toxicológico, a fim de evitar danos à saúde dos consumidores e das lavouras. Além disso, assinalando as obrigações, à proteção e à frequência de uso dos equipamentos de entrega da embalagem individual, à proteção e à extensão de uso de entrega da embalagem individual.
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O conhecimento é uma ferramenta importante para o desenvolvimento das cadeias produtivas. Com esse objetivo, a Embrapa Agroindústria Tropical realiza uma série de estudos e pesquisas que visam à inovação no sistema de produção do caju. Essas novidades podem ser encontradas em publicações disponíveis no Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca Embrapa). O público beneficiado vai desde produtores rurais, passando por extensionistas, técnicos agrícolas, até estudantes e professores de escolas rurais e cooperativas. Confira, a seguir, os títulos mais recentes.
O óleo da castanha-de-caju é rico em ácidos graxos insaturados, apresenta sabor e aroma característicos da amêndoa e, assim como o azeite de oliva, é fonte de ácido oleico.
Do campo à indústria, a Embrapa atua no desenvolvimento de processos agroindustriais sustentáveis. Para as atividades no campo, o estudo “Inseticidas registrados para controle de pragas do cajueiro e sugestões de manejo”, elaborado por pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical, aponta os insumos para o controle de pragas do cajueiro registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com o estudo, atualmente existem cinco inseticidas registrados para o controle de sete pragas do cajueiro. Os defensivos, com seus diferentes princípios ativos, apresentam ação de contato, ingestão, sistêmica e fumigação. Das sete pragas com registro de inseticidas, seis ocorrem em condições de cultivo no campo e uma ocorre na pós-colheita em condições de armazenamento.
Os pesquisadores destacam o bioinsumo Delegate (spinetoram), registrado para quatro pragas, sendo o defensivo com maior espectro de ação para as pragas listadas, que são: Broca-das-pontas (Anthistarcha binocularis), Lagarta-saia-justa (Cicinnus callipius), Tripés-cinta-vermelha (Selenothrips rubrocinctus), Traça-das-castanhas (Anacampsis phytomiella). Além do controle com bioinsumos, a pesquisa demonstra que, para algumas das pragas relacionadas, são sugeridas outras recomendações alternativas de manejo, além da possibilidade do controle químico. Em síntese, os pesquisadores tratam das técnicas e tecnologias existentes para a produção de alimentos mais seguros e de maior qualidade.
Para as atividades na indústria, o estudo “Recomendações para Avaliação Rápida da Qualidade de Castanhas-de-caju Destinadas ao Beneficiamento Industrial” aponta os procedimentos para auxiliar e tornar mais ágil o processo de compra de castanha-de-caju, pelo aumento da eficiência do processo de análise qualitativa da matéria prima. De acordo com o Comunicado Técnico, estima-se que a amêndoa representa em torno de 60% dos custos de beneficiamento e produção. Dessa forma, a sua qualidade é fator preponderante na lucratividade do negócio, pois gera amêndoas de tipos superiores e, portanto, de maior valor comercial, além de possibilitar menores custos de beneficiamento. As tecnologias abordadas são divididas em duas etapas: avaliação preliminar (não invasiva), considerando-se, principalmente, as características agronômicas; e avaliação por parâmetros industriais (invasiva).
Na primeira etapa, o avaliador deve considerar, basicamente, o aspecto visual. Essa avaliação é mais rápida, não invasiva e deve-se ater aos seguintes critérios: tamanho da castanha; formato da castanha; coloração da casca; integridade física da castanha; presença de matérias estranhas e impurezas; estádio de secagem; presença de castanhas furadas, imaturas ou chochas. Na segunda etapa, são avaliadas as características das amêndoas, e, portanto, requer ações invasivas para o corte das castanhas. As principais características a serem avaliadas são: teor de umidade, utilizando-se aparelho determinador de umidade que permita uma determinação analítica rápida; percentual de castanhas avariadas; rendimento industrial (no corte), determinado a partir da relação percentual entre o peso das amêndoas após a decorticação e o peso das castanhas.
Ainda em se tratando de estudos voltados ao desenvolvimento industrial do setor, o folder “Óleo da amêndoa de castanha-de-caju” traz uma abordagem relacionada às novas estratégias de utilização de matéria-prima, qualidade nutricional, saúde e rentabilidade. O óleo da castanha-de-caju é rico em ácidos graxos insaturados, apresenta sabor e aroma característicos da amêndoa e, assim como o azeite de oliva, é fonte de ácido oleico – substância nutricional importante para redução das doenças cardiovasculares. Pode ser consumido em saladas e finalização de pratos, é uma alternativa ao azeite de oliva ou a outros óleos de amêndoas, como macadâmia e castanha-do-pará.
Além de fazer bem à saúde, o novo óleo resolve um problema da indústria de processamento de caju: a agregação de valor às amêndoas quebradas. De acordo com a pesquisa, cerca de 40% das amêndoas são quebradas no sistema mecanizado industrial, provocando a redução de 50% no preço de venda do produto. A produção do óleo a partir dessas amêndoas proporciona um destino nobre às partes quebradas e incrementa a renda dos produtores.
Os estudos apresentados demonstram que a Embrapa atua junto ao setor produtivo da área de alimentos para a geração de produtos, processos e tecnologias inovadoras que respondam aos requisitos de conveniência, praticidade, sensorialidade e saudabilidade dos produtores e consumidores no âmbito da cajucultura. As linhas de trabalho da Unidade objetivam ampliar o uso e agregar valor à biodiversidade brasileira, com redução dos impactos ambientais e aproveitamento integral das matérias-primas.
Para saber mais sobre os estudos sobre tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Agroindústria Tropical, acesse o site da Infoteca
A Embrapa Agroindústria Tropical trabalha no desenvolvimento de tecnologias para o beneficiamento e valorização da fibra de caju, um coproduto abundante nas fábricas, mas que normalmente é descartado. Além de gerar o aproveitamento integral do fruto e o aumento da rentabilidade, uma inovação do seu consumo durante o período de safra. Na fase de testes finais em escala piloto de laboratório, a trabalhar sem diagnóstico das características sensoriais do produto desenvolvido a partir da fibra lavada, prensada e desidratada, com aplicação em produto-teste: o hambúrguer de caju. Esta é realizada no Laboratório de Análise de Alimentos e consiste em etapa pública, aparência pública e intenção de compra.
“Além das técnicas físicas de caracterização microbiológica, química e tecnológica da fibra desidificada, nós fazemos uma análise do produto para ver qual é a aplicação do produto, se ele está com manutenção da aplicação como características de quando ele foi testado produzido, avaliando sua estabilidade”, afirma Ingrid Moraes, pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical, sobre os objetivos da análise sensorial no desenvolvimento de inovações tecnológicas, como uma fibra de caju desidratada.
O desenvolvimento do ingrediente (de caju desiratada), ainda em piloto, faz parte de um projeto projetado pela Embrapa Agrofidústria Tropical. Segundo Ingrid Moraes a pesquisa tem como foco desenvolver rotas tecnológicas diferentes para uma solução de um ingrediente base que possa ser incorporado pela indústria alimentícia na composição de alimentos à base de plantas, ou 100% à base de plantas, que mimetizam proteínas de origem , como a carne bovina, de frango, siri, caranguejo, dentre outros.
“O sistema de soluções tecnológicas do nosso projeto é projetado para criar ou construir diferentes fibras de jus de acordo com a temperatura ambiente e que seja um ingrediente potencial para o uso mesmo objetivo pelo consumidor final”, a pesquisadora.
Benefícios da fibra de caju: sustentabilidade e nutrição
A fibra de caju desidratada consiste em uma tecnologia que promove a sustentabilidade. O peso do caju é composto por 10% de amêndoa e 90% de pedúnculo. Dessa forma, o pedúnculo representa o menor aproveitamento, com estimativa da produção inferior a 12%. O desperdício do pedúnculo no setor industrial despertou a busca de alternativas para o aproveitamento desse sobressalente.
No que diz respeito aos aspectos nutricionais, os produtos feitos à base de fibra de caju apresentam teor de proteínas inferiores aos hambúrgueres comerciais. Em contrapartida, o teor de gordura também é inferior e o de carboidratos superior que a maioria dos produtos comerciais, caracterizando o produto como uma alternativa de alimentação para pessoas que não é oferecida de carne ou procura um produto menos.