Os bananicultores do Vale do Ribeira fecharam um acordo de R$ 30 milhões com o Governo de São Paulo e vão fornecer 60 milhões de bananas para a rede pública de ensino do Estado. Com a retomada das aulas presenciais, o Executivo retomou a rotina das chamadas públicas para fornecedores de frutas para a merenda escolar.
Na primeira convocação, na última sexta (6), as 12 cooperativas de agricultores da região fecharam contratos que, somados, ultrapassam os R$ 30 milhões. No ano passado, elas já haviam fechado acordos de R$ 5 milhões e R$ 12 milhões.
De acordo com o presidente da cooperativa (Coopercentral), Rafael Grothe de Oliveira, os contratos representam a metade da receita de cerca de 1.500 pequenos produtores de banana distribuídos em oito municípios do Vale do Ribeira.
“Na pandemia, muitas cooperativas fecharam as portas, mandaram funcionários embora, sem condições de manter os custos. O nosso novo fôlego veio com esse contrato do Estado. É a salvação financeira de todos os agricultores”, finaliza.
Fonte: Por g1 Santos –
Um fertilizante orgânico, fabricado a base de lodo de esgoto, acaba de ser lançado pela empresa Tera Nutrição Vegetal, indicado para a cultura da banana, tem mostrado bens resultados, em especial quando utilizado em conjunto com os minerais.
“Os fertilizantes orgânicos compostos suprem parte significativa da demanda de nutrientes das culturas nas quais são empregados. Também contribuem muito para a melhoria das características químicas, físicas e biológicas dos solos, aumentando a eficiência e aproveitamento dos minerais, podendo substituí-los em até 50%”, pontua Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo da empresa .
De olho nos resultados
Além de ambientalmente sustentáveis, pois têm origem na reciclagem de resíduos orgânicos urbanos, industriais e agroindustriais, o grande potencial destes fertilizantes está em seu conteúdo de matéria orgânica, substâncias húmicas, microrganismos, macro e micronutrientes.
O produtor rural Fabiano Lino explica que ao ser aplicado nas devidas doses, o produto se torna um potencializador de vários indicadores de fertilidade do solo, imprescindíveis para um manejo econômico e sustentável da bananicultura. Ele conta que dentre os resultados apontados no cultivo da banana, destaca-se a padronização no tamanho dos cachos ao longo do ano, ou seja, mesmo nos períodos mais frios os cachos da fruta não diminuíram significativamente seu porte, além da economia com fertilizantes minerais tradicionais, fato explicado pela alta capacidade de troca de cátions (CTC) do produto.
Fábio Mariano, engenheiro agrônomo e produtor de bananas na região de Jacupiranga, utiliza o fertilizante orgânico em sua plantação há três anos e explica que é notável a melhora no solo e nas raízes. “O que a gente procura é um produto que melhore a parte física do solo, a retenção de água, a oxigenação e disponibilidade de nutrientes para as plantas. Mas o principal, que muitas vezes passa despercebido, é a microbiologia do solo, que é rica nesse tipo de produto e é fundamental para o cultivo”, ressalta.
Outro fator importante notado pelos produtores foi a atenuação dos sintomas do Mal de Panamá, doença causada por um fungo de solo denominado Fusarium, no manejo integrado da enfermidade. Fernando Carvalho Oliveira atrela esse resultado à elevada densidade e diversidade de microrganismos presentes no fertilizante orgânico, o que lhe confere um potencial supressor de fitopatógenos, promovendo de todas as formas ganhos de produtividade.
Fonte: Revista Rural.