Nome científico: Musa spp
Nome comum: Banana
Família botânica: Musaceae
Originada na Ásia, somente foi conhecida na Europa e nos Estados Unidos no século 17. O termo banana é de origem africana, onde na Guiné os portugueses a conheceram. Típica fruta tropical, sua produção atual ocorre em grande parte dos países americanos, africanos e asiáticos.
A produção mundial gira em torno de 6,7 milhões de toneladas por ano. No Brasil, os estados maiores produtores são São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Do total da área plantada com bananeiras no Brasil, 60% são com a variedade do subgrupo Prata e 23% com as variedades do subgrupo Cavendish (Nanica e Nanicão, 45% cada). O valor da Prata é maior. É uma das frutas mais importantes tanto em volume de produção, como em valor alimentar; além disso, é comercializada o ano inteiro. Só no estado de São Paulo, no Ceagesp, é vendida de janeiro a dezembro em volumes superiores a 4 milhões de kg por mês.
A evolução da cultura e a produção da banana no Brasil deveram-se à pesquisa, apoiada em SP pela Secretaria da Agricultura. Para citar um exemplo de avanço, pode-se lembrar que da variedade original chamada Branca foi obtida a atual e mais importante variedade, a Nanicão, no final do século 19, e desta, a Nanicão IAC.
Posteriormente, a Embrapa obteve outras variedades que dão sustentação à cultura atual. Atualmente, São Paulo tem mais de 43 mil ha plantados. Como fruta climatérica típica, a banana colhida no ponto de colheita adequado amadurece em poucos dias. Usualmente é vendida já madura, o que facilita a compra do consumidor.
Foto 1. Diversos tipos de banana à venda em mercado varejista. Notar os preços diferentes, conforme o tipo, sendo a Nanica ou Nanicão a mais barata, seguida pela Prata e a mais cara usualmente é a Maçã
Foto 2. Frutos de boa qualidade de banana Prata, uma das mais consumidas no mercado brasileiro
Foto 3. Frutos de Nanicão, com bom aspecto, sadios, e que têm o menor preço no varejo
Foto 4. Banana de fritar, uma de boa qualidade e outra passada, manchada
A banana é considerada a mais importante fruta tropical e, pelo seu valor nutritivo, serve de alimento às populações mais carentes e é fruta consumida no dia a dia do brasileiro, fornecendo muitos nutrientes, tais como vitaminas, minerais, além do seu valor energético. As variedades mais comuns são a Nanicão, a Prata e a Maçã, todas ricas em valor nutritivo e muito consumidas como fruta fresca ou em uma gama muito grande de produtos.
Os valores médios de composição da Nanica são os seguintes (em 100 g de fruta): energia – 92 kcal, proteínas – 1,4 g, lipídios – 0,1 g, carboidratos – 23,8 g, fibras – 1,9 g.
Da Prata: energia -98 kcal, proteínas – 1,4 g, lipídios – 0,1 g, carboidratos – 23,8 g, fibras – 1,9 g;
Da Maçã: energia – 87 kcalorias, proteínas – 1,8 g, lipídios – 0,1 g, carboidratos – 22,3 g e fibras – 2 g.
A Nanicão é ofertada durante o ano todo, mas em maior volume de agosto a março, enquanto a Prata aparece no mercado na mesma época. A Maçã é vendida de janeiro a agosto. Além dessas, há outras variedades, como a Ouro, que é mais comum no litoral. O preço médio da Nanica/Nanicão é menor do que o da Prata e o da Maçã.
Vitaminas – A – 64; C – 8,1-10,5 mg; B3 – 0,5 mg; B6 – 0,4 mg.
Minerais – Cálcio – 4,4 mg; ferro – 0,2 mg; magnésio – 26 mg; fósforo – 22 mg; potássio – 358 mg.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
Além de suas conhecidas qualidades, como alimento nutritivo e funcional, a banana é uma fruta que apresenta outras vantagens práticas. A casca da banana é uma embalagem individual, fácil de retirar e higiênica. A polpa não tem suco, o que evita que o consumidor se lambuze. A fruta não tem sementes duras, o que facilita a mastigação e evita problemas dentais. Sendo alongada, não rola e acomoda-se facilmente em bolsas, banco de carros, etc. Com as técnicas de conservação pós-colheita, é comercializada em todo o Brasil e em quase todos os países do mundo. Como não tem safra concentrada, está disponível no mercado durante o ano todo. É o lanche ideal. Por tudo isso, a banana é a fruta fresca de maior consumo no mundo. (Dr. LUIZ ALBERTO LICHTENBERGER, EPAGRI, SC).
O site da empresa Yara Brasil publicou o seguinte texto:
Existem mais de 1.000 tipos de bananas, que são subdivididos em 50 grupos de variedades. Estes são tanto sem sementes como com sementes e há frutos de diversos tamanhos, formas e cores. Algumas bananas da terra, por exemplo, podem produzir frutos de até 50 cm de comprimento.
As variedades comerciais foram originalmente criadas a partir dos tipos de bananas selvagens, Musa acuminata e Musa balbisiana. Os nomes das variedades são seguidos pelos apêndices A (acuminata) e/ou B (balbisiana) de acordo com a origem dos genomas originais. A maioria dos tipos de bananas comerciais para consumo fresco é triploide e origina-se unicamente da Musa acuminata. Desse modo, Gros Michel, Cavendish e Williams, por exemplo, são todos tipos de bananas AAA. A maioria (das bananas da terra), porém, são cruzamentos da Musa acuminata e da Musa balbisiana, e tipos AAB ou ABB.
Cavendish – é um subgrupo extremamente importante, tanto para exportações oriundas dos trópicos como para o comércio local nas regiões subtropicais. Clones dessa variedade se diferenciam pelo tamanho do pseudocaule.
A banana Nanica (Dwarf Cavendish) – 1,2-2,1 m de altura – é cultivada em áreas amplas e produz alguns dos menores frutos. Os tipos Nanicão (Giant Cavendish), como as plantas tipo Grande Naine e Robusta, têm de 3 a 5 m de altura.
Outras variedades importantes do grupo AAA são:
Gros Michel que era a principal banana tipo exportação com cor atrativa, fruto longo, delgado e de excelente sabor. Entretanto, devido à sua suscetibilidade ao Mal-do-Panamá, está sendo substituída por variedades resistentes.
Banana prata – de 6 a 7,5 m de altura – com fruto de excelente qualidade que é tolerante a condições frias.
Valery, uma variedade clone da Cavendish que se assemelha à Robusta.
Williams – um tipo clone da Nanicão (Giant Cavendish) – originária da Austrália
Plantain
Banana da terra – Os cultivares deste grupo, com predomínio das características genéticas da M. balbisiana, são vigorosos e resistentes à seca. Os frutos são verdes com aspecto prateado ceroso, e as variedades mais populares são Chato ou Bluggoe e Pisang Awak e em países latino-americanos, Dominico, Harton e Currare. Para o Brasil, as mais comuns são: Terra, Terrinha, D`Angola, Figo Vermelho, Figo Cinza e Pioneira.