Nome Científico: Orbignya speciosa
Nomes populares: Babaçu, baguacuí, uauaçu, aguaçu, coco-de-macaco, coco-de-palmeira e guaguaço.
Família Botânica: Palmae
Distribuição Geográfica e Habitat: Da região amazônica até a Bahia e o Mato Grosso, basicamente na floresta pluvial. Também há registros no Suriname e na Bolívia.
Características Gerais: Palmeira elegante que pode atingir até 20 m de altura, com tronco variando de 30 a 40 centímetros de diâmetro. Folhas com até 8 m de comprimento, arqueadas. Suas folhas mantêm-se em posição retilínea, orientando-se para o alto, o babaçu tem o céu como sentido, o que lhe dá uma aparência bastante altiva. Flores: são creme-amareladas, aglomeradas em longos cachos. Frutos: ovais alongados, de coloração castanha, que surgem de agosto a janeiro, em cachos pêndulos. A polpa é farinácea e oleosa, envolvendo de 3 a 4 sementes oleaginosas. Cada palmeira pode apresentar até 6 cachos. O coco babaçu mede aproximadamente de oito a 15 centímetros de comprimento e é ligeiramente oval.
Clima: Prefere clima quente.
Usos: O principal produto extraído do babaçu, e que possui valor industrial, são as amêndoas contidas em seus frutos. As amêndoas – de 3 a 5 em cada fruto – são extraídas manualmente em um sistema caseiro tradicional e de subsistência. É praticamente o único sustento de grande parte da população interiorana das regiões onde ocorre o babaçu: apenas no Estado do Maranhão a extração de sua amêndoa envolve o trabalho de mais de 300 mil famílias. Em especial, mulheres acompanhadas de suas crianças: as “quebradeiras”, como são chamadas. Além da amêndoa propriamente dita, de onde pode-se obter rações, ácidos graxos e glicerinas, o fruto também tem potencial para várias aplicações na indústria de cosméticos, além da obtenção de óleo comestível e margarinas à metanol, celulose, papel e álcool anidro. Também apresenta um amplo potencial de utilização para obtenção de biocombustível. Mas em escala comercial, somente carvão e óleo têm sido produzidos. O tronco desta palmeira é utilizado em construções rústicas, bem como as folhas empregadas na cobertura de ranchos. Suas folhas servem de matéria-prima para a fabricação de utilitários – cestos de vários tamanhos e funções, abanos, peneiras, esteiras, cercas, janelas, portas, armadilhas, gaiolas, etc. – e como matéria-prima fundamental na armação e cobertura de casas e abrigos. Durante a seca, essas mesma folhas servem de alimento para a criação. Das palmeiras jovens, quando derrubadas, extrai-se o palmito e coleta-se uma seiva que, fermentada, produz um vinho bastante apreciado regionalmente. O babaçu possui ainda ampla aplicação ornamental no paisagismo de casas e jardins. O desenvolvimento das mudas é considerado lento, enquanto o crescimento da planta, no campo, é moderado.
Curiosidades: O babaçu é uma das mais importantes representantes das palmeiras brasileiras. Sobre este gênero de plantas, afirmou Alpheu Diniz Gonsalves, em 1955, que “é difícil opinar em que consiste a sua maior exuberância: se na beleza dos seus portes altivos ou se nas suas infinitas utilidades na vida da humanidade”.