Nome científico: Rubus spp.
Nome popular: Amora-preta; blackberry (Ing)
Família botânica: Rosaceae
Características gerais: Originária da Ásia, da Europa e das Américas. Planta com porte ereto ou rasteiro, podendo atingir até 2 m de altura. Sistema radicular perene, de fácil perfilhamento. Propaga-se por estacas de raiz ou herbáceas e por cultura de meristemas. Existe um número elevado de espécies dentro do gênero, mais de 700, altamente heterozigotas e também híbridas. Sua origem não é muito definida. Podem ser encontradas cultivares com exigência em frio desde 100 horas até cultivares que exigem 1.000 horas de frio (abaixo de 7,2o C) para quebra da dormência. Já foram observadas espécies no hemisfério Norte (EUA, onde seu cultivo racional se iniciou no século passado), no círculo Ártico, e em muitas ilhas oceânicas, comprovando sua ampla adaptação a diferentes condições climáticas. Foi introduzida pela Embrapa no início da década de 1970. A amora-preta vem tendo aumentada sua produção no País, mas ainda é pouco consumida. O gênero Rubus tem um grande número de espécies e há muitas variedades cultivadas. O fruto da amora-preta é chamado de polidrupa, ou seja, é composto, arredondado ou alongado, de cor preta quando maduro e vermelha quando ainda verde. Há variedades sem espinhos nos ramos, o que facilita a colheita, que é feita no período de primavera-verão. As variedades mais comuns no mercado são Brazos, Comanche, Cherokee, Ebano (sem espinhos), Tupy, Guarani e Caigangue. A Embrapa Clima Temperado lançou vários híbridos de amora, e a cultivar Tupy (híbrido de Comanche x Uruguai) foi a de maior aceitação, sendo plantada no México e em outros países, e ganhado prêmio no Congresso da Sociedade Americana de Horticultura, na Califórnia. A citada cultivar foi obtida pelo trabalho do pesquisador Alverides Machado dos Santos, da Embrapa. A Tupy tem alta produtividade, boa adaptação, boa qualidade, com bons níveis de açúcares e acidez equilibrados, cor, pós-colheita e tamanho adequados.
Usos: Os frutos da cultura, além de consumidos ao natural, podem ser empregados na fabricação de doces, geleias, conservas, sucos, fermentos, polpas, sorvetes, iogurtes, tortas, bolos, etc. Informações mais recentes de pesquisas têm demonstrado um maior potencial da utilização da amora-preta como corante artificial de excelente qualidade para qualquer finalidade. Outra grande descoberta da utilização da amora-preta, que vem se expandindo, é seu uso para fins medicinais, atribuindo-se ao fruto ação anticancerígena, devido à presença do ácido elágico, e eficácia como auxiliar no combate à osteoporose, devido à sua elevada concentração de cálcio (46 mg/100 g fruto). Geralmente, é utilizado como tônico muscular durante práticas esportivas, devido ao seu alto teor de potássio (245 mg/100 g fruto). Contém vitaminas A (200 UI), B1 (30 mcg), B2 (58 mcg;), B3 (0,43 mg) e apenas 22 mg de vitamina C. E, além de cálcio e potássio, contém ferro (0,6 mg), magnésio (19 mg) e fósforo (21 mg).
Informações mais completas podem ser encontradas no livro “Frutas Exóticas”, comercializado pela Livraria da FUNEP – http://www.funep.org.br/index_livraria.php (Funep, FCAV/Unesp)
VALOR NUTRICIONAL DA AMORA-PRETA
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas
Rubus spp, Rosaceae, a amora-preta foi introduzida pela Embrapa no início da década de 70. A amora-preta vem tendo aumentada sua produção no País, mas ainda é pouco consumida. O gênero Rubus tem um grande número de espécies e há muitas variedades cultivadas. O fruto da amora-preta é chamado de polidrupa, ou seja, é composto, arredondado ou alongado, de cor preta quando madura e vermelha quando ainda verde. Há variedades sem espinho nos ramos, o que facilita a colheita. Essa é feita no período de primavera-verão. As variedades mais comuns no mercado são Brazos, Comanche, Cherokee, Ebano (sem espinhos), Tupy, Guarani e Caigangue. Originária da Ásia, da Europa e das Américas.
O conteúdo de fitoquímicos, carotenoides e antocianina na amora-preta faz dela um fruto de valor medicinal, com alta atividade antioxidante.
Vitaminas – vitamina A, com 200 UI; B1, com 30 mcg; B2, com 58 mcg; B3, com 0,43 mg e apenas 22 mg de vitamina C.
Minerais – cálcio – 28 mg; ferro – 0,6 mg; magnésio – 19 mg; fósforo – 21 mg; potássio – 161 mg.
A Embrapa Clima Temperado lançou vários híbridos de amora, e a cultivar Tupy (híbrido de Comanche x Uruguai) foi a de maior aceitação, sendo plantada no México e em outros países, e ganhou prêmio no congresso da Sociedade Americana de Horticultura, na Califórnia, EUA. A citada cultivar foi obtida pelo trabalho do pesquisador Alverides Machado dos Santos, da Embrapa. A Tupy tem alta produtividade, boa adaptação, boa qualidade, com bons níveis de açúcares e acidez equilibrados, cor, pós-colheita e tamanho adequados.
No Livro das Frutas, que traz receitas de frutas na culinária e como utilizá-las, a autora Jane Grigson afirma que a melhor maneira de comer amoras é com creme, usando frutas recém-colhidas. Várias receitas de pudins, compotas, conservas e até amoras secas são dadas na referida obra.
Foto 1. Frutos de amora preta no mercado, embalados em pequena caixa e cobertos com filme plástico ao lado de caixa de morango
Foto 2. Frutos verdes e maduros na planta (Foto: M. do C. B. Raseira)
Foto 3. Frutos no ponto de colheita (Foto: M. do C. B. Raseira)
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Após a seleção de vários cultivares pela Embrapa, a cultura teve algum incremento no Brasil, tendo os seus frutos comercializados para consumo ao natural ou para a indústria. Há cultivares de menor acidez, tais como Tupy, Guarani e Caingangue, mais aptos ao consumo ao natural. Os frutos servem também para uso na culinária, ou como suco, sorvetes, geleia, tortas, bolos, licor, xarope, em coquetéis e outros, pois praticamente todo o fruto é utilizado pela ausência de sementes.
Fonte: DONADIO, L.C. e outros, 1998.