Nome científico: Pouteria ciliolata ou P. gardneriana
Nomes populares: abiu da beira do rio, aguaí-tanga, aguaí vermelho, fruta-de-paca e leiteiro de folha fina.
Família botânica: Sapotaceae
Origem: nativa da Mata Atlântica, ocorrendo do Piauí ao Paraná, à beira de rios e próximo a brejos e vertentes da floresta semidecídua. No estado de São Paulo, é rara e ocorre exclusivamente nas galerias dos rios Paranapanema e Guareí.
Características gerais do aguaí-tanga
Árvore: de médio porte, decídua, lactescente, atingindo de 5 a 8 m de altura, com copa arredondada com galhos e ramos distribuídos em 45 graus.
Tronco: é cilíndrico, curto, medindo até 20 cm de diâmetro, com casca fina acinzentada, que se desprende em tiras estreitas, longitudinais, pouco evidentes.
Folhas: novas são foscas e pilosas e estão agrupadas em espiral no ápice dos ramos. A lâmina foliar é cartácea, elíptica (com a mesma largura da base ao ápice) ou mais raramente oblanceolada, medindo 12 a 20 cm de comprimento por 1,5 a 2,3 cm de largura. No verão, as folhas têm cor verde luminoso na face superior e são glaucas ou esbranquiçadas na face inferior.
Flores: nascem em fascículos ou pequenos feixes nos ramos desfolhados, são diminutas, de cor esverdeada e é difícil notá-las a distancia.
Fruto: é uma baga ovoide avermelhada quando madura, com casca meio rugosa de superfície pilosa, medindo 2 a 3,5 cm de comprimento, com polpa alaranjada farinácea, envolvendo uma semente.
Usos do aguaí-tanga
Frutifica de fevereiro a março.
Os frutos são consumidos apenas in natura. Têm pouca polpa e seu sabor e seu aroma lembram a vitamina B1 (tiamina).
É uma espécie com grande potencial para melhoramento dos frutos, que são muito apreciados por quem os experimenta.
Pode ser cultivada como ornamental e em projetos de reflorestamento, principalmente onde houver pacas, que têm forte preferência pelos frutos dessa espécie, daí um de nomes populares ser fruta-de-paca.