27/08/2012 – Agrodebate
O dado faz parte do Índice de Preço de Produtos da Floresta levantado em cinco municípios da floresta
O açaí teve a maior participação na venda de produtos não madeireiros da Floresta Amazônica entre julho e dezembro de 2011. A informação é do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgada nessa quarta-feira (22), que faz o acompanhamento do Índice de Preço de Produtos da Floresta. O fruto gerou uma receita de R$ 36,6 milhões, representando 97% do total comercializado.
O levantamento está sendo divulgado pela segunda vez e se concentrou nos municípios paraenses de Belém, Altamira, Breves, Gurupá, e também em Santana, no estado do Amapá. Além do açaí os itens levados em consideração pela pesquisa são a andiroba (óleo), a bacaba (fruto e polpa), a castanha-do-Brasil (amêndoa com casca), a copaíba (óleo-resina), o cupuaçu (fruto), o mel de abelha, muruci (fruto), pracaxi (óleo) e pupunha (fruto).
Os produtos que correspondem aos outros 3% da receita são a pupunha (fruto), a castanha-do-Brasil (amêndoa com casca), o taperebá (fruto) e andiroba (óleo). A baixa participação deste itens se devem ao período de entressafra. No total foram gerados R$ 37,7 milhões.
Belém apresentou as maiores diferenças de preços independentemente do produto. As médias dos menores e dos maiores preços de produtos florestais não madeireiros são calculadas a partir do que são comercializados em feiras livres, mercados e/ou portos dos municípios. A pretensão do Imazon é divulgar o balanço dos produtos florestais semanalmente.
Preços – Os produtos florestais não madeireiros comercializados fecharam o segundo semestre de 2011 com uma queda de 12% em Belém, apresentando melhor rendimento em outubro, com 12%, e a maior baixa em dezembro, com -19%. Apesar de ser o produto que mais contribui com a receita dos produtos florestais não madeireiros, o açaí foi o que teve maior variação, ficando entre 12% e -18%. Na comparação com o primeiro semestre de 2011 (período de entressafra), o preço do açaí oriundo de outros municípios e do açaí produzido nas ilhas de Belém apresentou queda de 19% e 31%, respectivamente.