Fonte: site Família Nação Agro (Senar-SP e Canal Rural) – Andrea Russo – 18/02/2019
O escorpião tem sido uma preocupação para a população brasileira. Não só para produtores rurais como moradores de grandes centros. Segundo o centro de vigilância epidemiológica do estado de São Paulo, o número de casos de ataques por escorpião aumentou 122% nos últimos cinco anos.
A espécie mais comum é o escorpião amarelo, muito encontrado nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Rondônia e Paraná. Também existe o escorpião marrom ou com coloração avermelhado escuro muito encontrado em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e na região oeste de Santa Catarina e Paraná.
Anatomia: o escorpião apresenta corpo dividido em tronco e cauda. Possui pinças que são utilizadas para a captura de presas e para sua defesa. É no final da cauda que se encontra o ferrão onde estão as glândulas com veneno.
Hábitos: possui hábito noturno e são mais ativos durante os meses quentes. Vivem em troncos, cascas de árvores, pedras, fendas de rochas e buracas no solo. Preferem locais habitados pelo homem onde há acúmulo de lixo, entulho e materiais de construção.
Alimentação: os escorpiões são carnívoros, mas podem passar longos períodos sem se alimentar. Preferem comer insetos e baratas e só atacam quando ameaçados.
Predadores: seriemas, gaviões, corujas, galinhas, sapos e lagartos são seus predadores naturais.
Veneno: tanto o escorpião amarelo como o marrom são peçonhentos, ou seja, produzem uma substância tóxica prejudicial à saúde dos humanos.
Prevenção: na hora de trabalhar na lavoura, não esqueça de usar botas ou perneiras de couro e também use luvas ao manipular as plantas ou na colheita. Mantenha o terreno limpo, sem entulho, lixo, tijolos, telhas e madeiras. Não colocar a mão dentro de cupinzeiros, tocas e buracos – esses locais podem servir de abrigo para animais peçonhentos. Tenha cuidado ao sentar ou deitar em gramados, troncos de árvores ou à beira de rios e lagos.
O que fazer em caso de acidentes: o soro é o único remédio eficaz em caso de acidentes com animais peçonhentos, seja escorpião, cobra ou aranha. É preciso procurar um socorro médico em hospital ou centro de saúde mais próximo. Mantenha a pessoa picada calma e em repouso. Retirar relógio, anéis e outros acessórios que possam dificultar a circulação sanguínea.
O que NÃO fazer em caso de acidentes: não usar garrotes (torniquetes), nem furar ou sugar ao redor da picada. Não colocar qualquer substância como pó de café, folhas, álcool ou fumo no local da picada.
Obs.: As informações acima foram extraídas da cartilha “Animais Peçonhentos”, publicado pela Federação de Agricultura de São Paulo e pelo Senar-SP. A ação Saúde no Campo é uma iniciativa do projeto Família Nação Agro, uma parceria entre o Senar-SP e o Canal Rural.