29/11/2013 – Todafruta
Aristóteles Pires de Matos e colaboradores
Em decorrência da revolução industrial no final do século XVIIl, a agricultura mundial iniciou um processo bastante intensivo de produção que se prolonga até os tempos atuais. O sistema convencional de produção de abacaxi, que segue esse modelo, consiste no uso intensivo de agroquímicos, a exemplo da aplicação de inseticidas e fungicidas para o controle preventivo de pragas e doenças mediante calendário, uso de herbicidas em pré emergência para controle do mato, fertilizações na maioria das vezes não fundamentadas nas análises químicas dos solos, além do uso em escala bastante reduzida de práticas de manejo e conservação do solo.
Este sistema de produção resulta em fontes de emissão de gases de efeito estufa tais como: desmatamentos, queimadas, uso de combustíveis fósseis, preparo intensivo do solo, fertilizações inadequadas, entre outras. Todo esse sistema produtivo encontra-se em desacordo com os padrões atuais que preconizam a produção de alimento sadio (sem resíduo de agrotóxicos) com respeito ao meio ambiente e ao trabalhador rural, buscando a sustentabilidade. Neste cenário, a produção integrada, “um sistema de produção baseado na sustentabilidade, aplicação de recursos naturais e regulação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, utilizando instrumentos adequados de monitoramento dos procedimentos e a rastreabilidade de todo o processo”, apresenta-se como a alternativa mais importante para atender as exigências do consumidor.
O sistema de produção integrada de abacaxi no Brasil foi desenvolvido no estado do Tocantins no período de 2004 a 2007, quando foram desenvolvidas, adaptadas e validadas tecnologias que permitiram aumentar a competitividade da cultura e atender às exigências do mercado consumidor, notadamente quanto à qualidade dos frutos e aos cuidados com o meio ambiente e com o trabalhador rural.
As práticas componentes do sistema de produção integrada do abacaxi, apresentadas e discutidas a seguir, além de assegurarem a produção da cultura de maneira sustentável, estão também perfeitamente de acordo com os preceitos da agricultura de baixo carbono e contribuem significativamente para a redução na emissão de gases de efeito estufa.
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