Nome científico: Macadamia integrifolia Maiden & Betch., M. tetraphylla
Nomes populares: macadâmia, noz-macadâmia, castanha-macadâmia, macadâmia-doce.
Família Botânica: Proteaceae
São duas as espécies mais importantes da nogueira-macadâmia, M. integrifolia e M. tetraphylla, introduzidas no Brasil na década de 1930 pela empresa Dierberger Agrícola.
Originária da Austrália, foi difundida por vários países e é cultivada comercialmente nos Estados Unidos (Havaí e Califórnia), na África do Sul, na Nova Zelândia e em outros países das Américas e da África.
No Brasil, a produção é de cerca de 7 mil toneladas anuais (previsão para 2020), sendo o sétimo produtor mundial.
No livro História da Fruticultura Paulista, publicado em 2010, há um capítulo sobre a macadâmia (SILVA, S.R. da; CANTUARIAS-AVILÉS, T.).
O fruto é um folículo deiscente, que se abre em uma sutura, com o pericarpo formando a casca, de cor verde, que envolve uma noz esférica e lisa (semente), com diâmetro de 1,2 a 3,2 cm, contendo uma amêndoa de cor creme ou branca, com peso médio de 1,5 a 3 g.
A colheita dos frutos vai de fevereiro a junho no Brasil.
A empresa Dierberger Agrícola mantém plantios comerciais de macadâmia e introduziu variedades. O Instituto Agronômico de Campinas lançou diversas variedades com o nome do IAC, provenientes de variedades introduzidas na década de 1950. Em 1990, foi fundada a Associação dos Produtores de Noz-Macadâmia, em Dois Córregos, SP, sob a liderança do empresário José Eduardo Mendes Camargo, titular Queen Nut Macadamia. Posteriormente, a entidade adotou sua denominação atual, de Associação Brasileira de Noz Macadâmia (ABM).
(de acordo com a Associação Brasileira de Noz Macadâmia)
A noz macadâmia é 100% livre de colesterol e altamente benéfica para a redução de seu nível no sangue. É rica em gorduras monoinsaturadas saudáveis, que contribuem para reduzir o nível de colesterol ruim (LDL) e limpar as artérias.
Os minerais presentes na noz macadâmia desempenham uma variedade de papéis: o fósforo proporciona benefícios aos ossos e aos dentes, ao metabolismo e à absorção e transporte de nutrientes; o cálcio também é benéfico para ossos e dentes; o manganês ajuda o organismo a restaurar continuamente o tecido ósseo, mantendo o esqueleto forte.
A noz-macadâmia contém vitamina E, ácido fólico, melatonina, ômega 3 e antioxidantes, que melhoram a saúde do cérebro, estimulam o raciocínio e ainda podem contribuir para o aumento da concentração e a prevenção de doenças degenerativas.
A noz-macadâmia contém níveis significativos de proteína, componente essencial à dieta humana, contribuindo para a saúde muscular, dos tecidos conjuntivos, da pele, dos cabelos e das unhas.
(conteúdo extraído do site da Associação Brasileira de Noz Macadâmia – http://www.abm.agr.br/)
Originalmente das florestas australianas, a macadâmia recebeu diversos nomes das tribos locais como “Burrawang” e “Boombera”. O botânico austríaco Ferdinand von Meuller, em uma exploração botânica com o diretor do Jardim Botânico de Brisbane, no ano de 1857, coletou esta planta e a catalogou como gênero Macadamia, em homenagem a seu amigo John Macadam, famoso cientista australiano.
O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), foi o responsável pela introdução dessa espécie no Brasil, trazendo variedades do Havaí, na década de 1930, e desenvolvendo tecnologicamente cultivares adaptados às condições brasileiras. As principais regiões produtoras de noz-macadâmia estão em São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Baía e Minas Gerais. A árvore tem se mostrado bem adaptada a regiões com temperatura entre 23 e 25ºC.
A nogueira começa a produzir seus frutos por volta de quatro anos após o plantio, chegando à idade adulta aos 12 anos, quando passa a produzir anualmente de 15 20 kg de noz com a casca ou NIS (sigla para Nut In Shell, em inglês). As nozes são comercializadas de duas maneiras: NIS ou descascadas (kernel).
É importante notar a taxa de recuperação percentual (TR%) do fruto de macadâmia. Um quilo de noz em casca pode proporcionar normalmente, de 250 a 400 g de amêndoas, correspondendo a uma taxa de recuperação (TR%) de 25% a 40%
A produtividade por árvore varia conforme condições de manejo, características de solo e clima.
Costuma-se adotar como critério de cálculo de retorno e viabilidade a árvore produzindo até os 50 anos de idade. Entretanto, há relatos de árvores produzindo normalmente até os 70 anos.
Outra característica da cultura de macadâmia é o sequestro de carbono. Conforme artigo intitulado “Preliminary carbon sequestration modelling for the Australian Macadamia” de agosto de 2013, os pomares de macadâmia proporcionam uma taxa de sequestro média de cerca de 3 toneladas de CO2e/ha/ano.