De acordo com a especialista, a preocupante disseminação das doenças do lenho tem sua origem no significativo incremento das áreas de cultivo de parreirais, ou de sua renovação, tido nas últimas décadas. “A demanda provocou um grande aumento na produção de mudas, feita “às pressas”, sem os devidos cuidados, de modo que plantas não-sadias foram difundidas pelo mundo inteiro”, explica Maria Cecilia.
Ela diz que o caminho para enfrentar o problema representado pelas doenças é a adoção de uma série de práticas preventivas. Essas incluem o arranquio e a queima de restos culturais e de plantas doentes, a utilização de material vegetativo (mudas e porta-enxertos) de boas procedência e qualidade sanitária e a proteção, com pastas fúngicas, dos ferimentos eventualmente causados durante a poda. Recomenda-se ainda, observam Maria Cecilia e o pesquisador em fitopatologia e chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Lucas Garrido, o uso de agentes biológicos, como o Trichoderma, para a proteção de lesões na videira.