Nome científico: Anacardium occidentale L.
Nome popular: Caju
Família botânica: Anacardiaceae
O cajueiro é uma árvore frutífera nativa da Amazônia. O caju foi escolhido como a fruta símbolo da Sociedade Brasileira de Fruticultura, fundada em 1971, pois é tido como uma das plantas nativas de maior importância e com maior contribuição socioeconômica da região amazônica ao mundo. Daí foi levada para a África, a Ásia e outros países americanos. Até pouco tempo atrás, era uma cultura extrativa, mas recentemente seu cultivo se modernizou e foram obtidas muitas novas variedades.
O fruto do cajueiro é a castanha, que cresce primeiro e depois cresce o pedúnculo, chamado pseudofruto, que é carnoso. O tempo de desenvolvimento completo do fruto e do pseudofruto é de 50 a 60 dias, sendo o período mais curto para o anão precoce.
A castanha é um tipo de fruto chamado aquênio, com forma de rim, com uma casca, mesocarpo, endocarpo e amêndoa, esta coberta por uma película.
O pseudofruto, que não era utilizado, pois somente a castanha tinha interesse comercial, passou a ser consumido e cresce em importância, principalmente pela obtenção de variedades de cajueiro-anão. A planta deste mede até 3,5 a 4 m, sendo comuns plantas menores, de 2,5 a 3,5 m de altura, enquanto o cajueiro comum vai até mais de 5 m de altura e largura de copa de até 11 m.
Os principais estados produtores são Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. O produto principal é a castanha de caju, que é produzida pelo Brasil, pela Índia, por Moçambique, pela Tanzânia e por outros países. A castanha é muito reputada na maioria dos países, e seu consumo é liderado pelos Estados Unidos, pelo Canadá e pela Inglaterra, recebendo o nome de cashew nut, sendo também consumida em quantidades significativas por outros países europeus e asiáticos.
O pedúnculo corresponde até a 90% do peso total do caju e a castanha, a apenas 10%.
A colheita do caju, visando ao aproveitamento do pedúnculo, deve ser feita diariamente, pois, após a queda, não pode ser aproveitado. A época de produção do caju no Nordeste vai de agosto a janeiro, com variações dependendo do tipo, “comum” e “anão precoce”, este mais no período inicial.
A castanha inteira é consumida como aperitivo, mas uma boa parte também vai para a indústria, principalmente as castanhas quebradas.
O pseudofruto é utilizado em suco, doces e outras finalidades.
Foto 1. Seleção e embalagem da castanha do caju
Foto 2. Frutos graúdos, vendidos frescos no mercado
Foto 3. Caju com casca, cortado
Foto 4. Castanha de caju em armazém do NE, área de sua produção
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
Minerais – Os elementos presentes em maior quantidade no pseudofruto são: cálcio – 1-4 mg; magnésio – 7 mg; fósforo – 10 mg; potássio – 107 mg; e ferro – 1,0 mg. Na castanha: sódio – 17 mg; potássio – 62 mg; fósforo – 12 mg; magnésio – 4,2 mg; e cálcio – 6 mg.
Vitaminas – Vitamina C, com 26-119 mg; B1, com 0,11 mg; e ácido ascórbico (vitamina C) – 33,7 mg.
No endocarpo, está um dos mais valiosos subprodutos do caju, o chamado LCC (líquido da castanha do caju), conhecido internacionalmente como CNSL (cashew nut shell liquid), de uso industrial (resinas e freios) e medicinal (antissépticos e vermífugos).
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
O caju é a cultura de maior importância socioeconômica para a região Nordeste do Brasil. A amêndoa é muito apreciada, constituindo, juntamente com o líquido da casca da castanha (LCC), o principal produto de exportação. O pedúnculo, de aparência exótica, apresenta alto teor de vitamina C e grande valor nutricional. Entretanto, seu aproveitamento ainda é insignificante em relação à quantidade da matéria-prima potencialmente disponível. O cajueiro-anão precoce tem sido cultivado na região Nordeste do Brasil, pois apresenta porte reduzido das plantas, facilitando a colheita manual do pedúnculo, apresenta pedúnculos com elevados teores de açúcares, menor teor de taninos oligoméricos e produtividade satisfatória. (AGOSTINI-COSTA, T. S. et al., 2004, Ciência Rural, v. 34, n. 4).