A Embrapa Meio-Norte realizou, no período de 01 a 03 de outubro, treinamento sobre o Manejo Integrado do Oídio no Cajueiro do Piauí e Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas. O treinamento, composto de palestra e dias de campo, teve como objetivo informar aos produtores e técnicos de assistência técnica e extensão rural sobre os principais sintomas, controle e manejo do oídio na cultura do cajueiro no Piauí e orientar sobre as técnicas adequadas de aplicação de defensivos agrícolas.
Essa ação foi uma demanda da Câmara Setorial de Cajucultura do Estado do Piauí, e contou com a parceria e apoio da Codevasf, Emater – PI, Fetag – PI, Secretaria do Estado da Agricultura Familiar – SAF, Governo do Estado do Piauí e prefeituras municipais de Monsenhor Hipólito, Pio IX, Francisco Santos e Santo Antônio do Lisboa, Piauí.
A abertura aconteceu no dia primeiro de outubro, na Comunidade Serra Azul, município de Monsenhor Hipólito, com a apresentação da palestra Manejo Integrado do Oídio no Cajueiro do Piauí e Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas, ministrada pelo pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Candido Athayde Sobrinho.
Os dias de campo foram realizados em diferentes localidades dos municípios envolvidos nesta etapa de capacitação – Comunidade Aroeira de Dentro, em Monsenhor Hipólito; Assentamento Paulo Freire II, em Pio IX; Comunidade Virovêu, em Francisco Santos e Comunidade Serra do Barro Branco, em Santo Antônio do Lisboa.
Os dias de campo serviram para apresentar, nas áreas de cultio, os sintomas da doença na planta e identificar o momento certo para iniciar o tratamento da doença. Os participantes realizaram, na prática, uma avaliação por amostragem da severidade da doença por meio do preenchimento de uma planilha de avaliação do oídio (manejo integrado). Além disso, foram capacitados sobre as formas de aplicação de defensivos agrícolas, dando ênfase ao preparo da calda, definição da dose, escolha do aspersor e da ponta, qualidade da água e uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Durante os três dias de treinamento, houve a participação de mais de 300 pessoas, representantes dos diversos segmentos da cadeia produtiva do caju (produtores, técnicos, agentes financeiros, empresários) e dos poderes públicos dos municípios envolvidos e circunvizinhos.
De acordo com o analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Meio-Norte, Pedro Rodrigues, o oídio, que até pouco tempo era tratado como uma doença secundária, sem causar danos econômicos à atividade cajucultora, hoje é tratada como uma epidemia, uma vez que, estima-se, já atingiu 60% dos pomares de cajueiros plantados no estado, provocando drástica redução na produção, pois afeta diretamente a qualidade da castanha e do pedúnculo, que se tornam inaproveitáveis para as indústrias de beneficiamento da amêndoa e processamento do suco e cajuína.