A empresária rural Regina Bottino vem plantando pitaya em sua propriedade, na região de Jaboticabal, SP, há quase 15 anos. Na entrevista a seguir, dada ao Prof. Luiz Carlos Donadio, cofundador e coordenador técnico do portal TodaFruta, ela fala sobre a experiência de cultivar essa fruta.
TodaFruta – Como e quando a senhora iniciou a plantação de pitaya? Por favor, informe o número de plantas, variedades escolhidas e espaçamento utilizado.
Regina Bottino – Iniciei o plantio em 2005 com apenas 60 mudas da pitaya branca (casca rosa), utilizando o espaçamento de 3,0 m entre mudas e 3,5 m entre ruas.
TodaFruta – Porque escolheu a pitaya para cultivo em nossa região?
Regina Bottino – Depois de pesquisar sobre a fruta, verifiquei que ela se adaptaria bem em nossa região, como de fato ocorreu.
TodaFruta – As mudas foram compradas de um viveirista ou de outro produtor? Foram adquiridas mudas de propagação direta (estacas)?
Regina Bottino – As primeiras 50 mudas brancas, eu as comprei em Bebedouro, em estacas já plantadas; já as vermelhas, foram compradas do viveiro da UNESP/Jaboticabal. Hoje temos aproximadamente 1.100 plantas de pitaya vermelha, representando quase a totalidade de nosso cultivo.
TodaFruta – Quais são os principais cuidados na produção, em termos de adubação, limpeza de mato, polinização, colheita, podas, irrigação?
Regina Bottino – No início das águas faço uma adubação orgânica. Do início da floração até o final da produção, pulverizo quinzenalmente com boro e cálcio e a cada 30 dias incluo cobre. Tenho caixas de abelha para a polinização. Só roço o mato para manter a umidade do solo e não afetar as raízes. A colheita é feita de dezembro ao final de abril. Após o término da produção, é feit a poda nos ramos que já produziram. A retirada de brotos dos troncos é feita constantemente. Não irrigo.
TodaFruta – A senhora poderia fornecer dados de produção média?
Regina Bottino – A média de produção é variável, não tenho um valor exato.
TodaFruta – Quanto à comercialização, onde e como é feita? Há dificuldades? Comente, por favor.
Regina Bottino – Entrego no CEAGESP quando a quantidade é grande, pois o comércio local não absorve a produção. Quando a quantidade é menor, entrego no supermercado, onde consigo preço melhor. O melhor preço é obtido no início da safra, que acontece em dezembro; porém, no auge da produção, o preço é muito baixo e a colocação se torna mais difícil.
TodaFruta – Quais são seus planos para o futuro: aumentar, manter ou reduzir a produção?
Regina Bottino – Pretendo manter a produção no nível atual, pois, como ocorre com todo produto agrícola, o produtor fica à mercê do comprador.