Em 2002, a árvore que deu origem a todos os abacateiros Hass no mundo sucumbiu à podridão radicular com a idade de 76 anos. Dela descendem 95% dos abacateiros cultivados na Califórnia, e os frutos de seu trabalho geraram uma das mais importantes indústrias desse estado americano. Até hoje, apesar de especulações em contrário, ninguém sabe que semente deu origem à árvore-mãe dos abacateiros Hass.
A árvore começou a vida como uma descoberta por acaso, resultado de uma simples semente plantada por A.R. Rideout, da cidade de Whittier, na Califórnia. Rideout foi um pioneiro no cultivo do abacateiro e vivia em busca de novas cultivares, plantando-as onde quer que fosse, ao longo de ruas e nos quintais de vizinhos.
No final dos anos 1920, Rudolph Hass, um carteiro, comprou uma muda de Rideout e a plantou em seu novo pomar. Ele planejava usá-la como porta-enxerto para uma outra variedade. Porém, como depois de várias tentativas, o resultado não foi o desejado, ele decidiu erradicar essa árvore, mas foi demovido dessa ideia por seus filhos, que consideravam os frutos dessa árvore mais saborosos do que os da variedade Fuerte, então a mais cultivada na região.
Como a qualidade dos frutos dessa árvore era alta e seu rendimento era bom, Hass decidiu denominar essa variedade com seu nome e obteve para ele uma patente em 1935. Nesse mesmo ano, firmou acordo com Harold Brokaw, um viveirista de Whittier, para que cultivasse e promovesse abacates Hass, dividindo a receita bruta: 25% para Hass e 75% para Brakow.
Brokaw começou a propagar a variedade Hass com exclusividade. Como esta era muito melhor do que a Fuerte e amadurecia em época diferente, Brokaw teve grande sucesso, a ponto de sua produção anual de mudas esgotar-se.
A patente expirou em 1952, mesmo ano em que Rudolph Hass morreu . Mas, então, o avocado Hass já tinha grande popularidade, mantida até hoje. Os consumidores preferem seu sabor. Além disso, sua vida útil é mais longa. Hoje, o Hass é responsável por cerca de 80% de todos os abacates consumidos no mundo e gera mais de US$ 1 bilhão por ano em receitas apenas nos EUA.
A árvore que promoveu uma revolução na abacaticultura viveu no subúrbio de La Habra Heights, no condado de Los Angeles. Hank, sobrinho de Harold Brokaw, cuidou dela por mais de uma década, tentando salvá-la do fungo que atacou suas raízes, mas perdeu a luta em 2002. A madeira da árvore está armazenada em um viveiro de Ventura.
Publicado em 16/09/2013 por California Avocados.
Para mais informações, acesse: http://www.californiaavocado.com/
TEXTO ORIGINAL EM INGLÊS:
THE HASS AVOCADO – A CALIFORNIA NATIVE
1926-2002
In 2002, the tree to which every Hass Avocado in the world can trace its lineage finally succumbed to root rot at the ripe old age of 76. Her offspring account for 95 percent of the avocados grown in California, and the fruit of her labor resulted in one of the state’s most important industries. Yet, despite speculation to the contrary, nobody knows what variety of seed produced the original Hass Mother Tree.
The tree began life as lucky-find; a simple seed planted by A.R. Rideout of Whittier. Rideout, an innovator and pioneer in avocados, was always searching for new varieties and tended to plant whatever seeds he could find, often along streets or in neighbors’ yards.
In the late 1920s, Mr. Rudolph Hass, a postman, purchased the seedling tree from Rideout, and planted it in his new orchard. He planned to graft another variety on it, but when repeated grafts didn’t take he planned to cut the tree down. Fortunately for avocado lovers everywhere, Hass’s children talked him out of it. They preferred the taste of the tree’s fruit to that of the Fuerte, the predominant variety and industry standard in those days.
Since the quality was high and the tree gave a good yield, Hass named the variety after himself and took out a patent in 1935. That same year, he signed an agreement with Harold Brokaw, a Whittier nurseryman, to grow and promote the Hass Avocados. They would split the gross income: 25 percent for Hass and 75 percent for Brokaw.
Brokaw began to propagate the rough, black Hass exclusively and promote it in favor of the standard varieties of the day. It made sense. The Hass was a far better bearer than the Fuerte and it matured at a different time of year. Because of the seasonal advantage, Brokaw was successful to the point of yearly sellouts of his nursery crops.
The patent expired in 1952, the same year Rudolph Hass died. But by then, the bumpy black avocado that bore his name was rapidly gaining in popularity on the smooth green Fuerte. Consumers preferred its richer, nuttier taste, while grocers favored it for its durability and longer shelf life. Today, the Hass accounts for about 80 percent of all avocados eaten worldwide and generates more than $1 billion a year in revenues in the United States alone.
The tree that launched an avocado revolution lived out her days in suburban La Habra Heights. Harold Brokaw’s nephew Hank nursed her through more than a decade, trying to save her from root fungus. Hank lost the fight in 2002, and the tree’s wood is currently in storage in a Ventura nursery awaiting the decision on a fitting commemoration of the original Hass Mother Tree.
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